Sabemos que as tendências criadas na internet geralmente têm prazo de validade, ou seja, logo após atingirem o pico de adoção pelos internautas, o curso natural das coisas é que sua expressividade diminua gradativamente. E isso está acontecendo com os apps de fotos que usam inteligência artificial.
Já vimos várias tendências envolvendo esses apps, sendo o Lensa a mais recente delas. O software, após ganhar destaque em meados de novembro passado, catapultou vários outros aplicativos semelhantes para o topo da popularidade, vale lembrar.
Contudo, novos dados da Apptopia indicam que o interesse dos usuários em aplicativos de fotos IA caiu tão rapidamente quanto aumentou. A empresa analisou os principais aplicativos do segmento em todo o mundo, acompanhando o crescimento de downloads e os gastos dos consumidores nos aplicativos.
Mais precisamente, o segmento atingiu seu pico em termos de downloads e compras internas em meados de dezembro. No auge da popularidade, os aplicativos superaram 4,3 milhões de downloads diários e cerca de US$1,8 milhão por dia em compras internas.
Esses números caíram significativamente a partir desse período, com os aplicativos registrando cerca de 952 mil downloads combinados e cerca de US$500 mil em compras internas.
Os motivos para essa redução são vários, desde o ciclo natural de tendências como essa até a saturação do mercado com múltiplos softwares com a mesma finalidade. Além disso, várias pessoas levantaram preocupações éticas, a exemplo da reclamação de que aplicativos como esse “roubavam” a função de artistas.
Fato é que já podemos observar um novo interesse se formando em torno de outra forma de tecnologia de IA: o ChatGPT. Lançado no fim de novembro passado, a tecnologia logo ganhou a atenção dos internautas e, em janeiro, a App Store foi novamente inundada com aplicativos de IA — alguns deles falsos, diga-se.
Como bem pontuado pelo TechCrunch, a explosão de interesse dos usuários em aplicativos de IA indica que as pessoas estão prestando atenção à tecnologia e querem testá-las em primeira mão — se os apps conseguirem se manter relevantes não só durante a boa fase, porém, é algo que precisaremos continuar acompanhando.