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Apple nega volta do Parler à App Store e rede desiste do iOS

Mesmo após supostas políticas de moderação, a rede ainda teria conteúdo racista, misógino e homofóbico, segundo a Maçã
Parler

Quem acompanhou as manchetes tecnológicas nos últimos meses certamente ficou sabendo da saga do Parler, uma rede social comumente associada a grupos de direita e extrema-direita dos Estados Unidos.

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Para quem está por fora, aí vai um breve resumo: o aplicativo da rede foi removido da App Store e do Google Play após a invasão de manifestantes pró-Donald Trump ao Capitólio, ato que resultou na morte de cinco pessoas.

Isso porque o Parler foi utilizado por grupos para organizar os atos antidemocráticos e, segundo as empresas, não implementou uma política de moderação para coibir essas práticas e a disseminação de discurso de ódio, proibido nas diretrizes das duas lojas de apps.

Tim Cook até sinalizou que o Parler poderia voltar ao ecossistema da Apple caso passasse a seguir as regras da Maçã. Não é o que parece ter acontecido, entretanto: de acordo com a Bloomberg, a gigante de Cupertino recusou uma nova versão do aplicativo da rede que, segundo seus desenvolvedores, teria novas diretrizes para moderar a comunidade da plataforma.

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Justificando a decisão, a Apple afirmou que as mudanças implementadas pelo Parler não são suficientes para que a rede conforme-se às diretrizes da loja, adicionando que “não há lugar na App Store para conteúdo de ódio, racista e discriminatório”. A empresa anexou, na justificativa, screenshots de usuários com fotos de perfil incluindo suásticas e outros símbolos de supremacia branca, além de usernames com termos racistas, homofóbicos e misóginos.

A dita moderação implementada pelos desenvolvedores do Parler — que sempre gabou-se, no contexto de uma suposta liberdade de expressão, de não ter moderação — não resolveu o problema da rede, segundo a equipe de aprovação da App Store:

Como você sabe, desenvolvedores precisam implementar capacidades robustas de moderação para identificar, prevenir e filtrar proativamente qualquer tipo conteúdo danoso, com o objetivo de proteger a saúde e a segurança dos usuários. […] Buscas rápidas revelaram conteúdo altamente danoso, incluindo usos facilmente identificáveis como ofensivos de termos derrogatórios envolvendo raça, religião e orientação sexual, além de símbolos nazistas. Por estas razões, seu aplicativo não pode retornar à App Store até que obedeça as diretrizes.

Apesar da sinalização de que o Parler ainda poderá retornar ao iOS/iPadOS caso cumpra as regras da Apple, tudo indica que a rede desistiu totalmente do ecossistema da Maçã: de acordo com a Bloomberg, a empresa demitiu seus três desenvolvedores responsáveis pelo app para iPhones e iPads.

O aplicativo para Android também continua indisponível desde o início de janeiro e o Parler agora existe apenas na web — a rede tinha saído do ar temporariamente após o seu banimento dos servidores da Amazon, mas voltou a operar na internet com uma nova parceira. Vejamos, portanto, se a história terminou por aqui.

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