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Apple é processada por permitir a venda de “loot boxes” em apps; clone do TikTok é removido da App Store

Crosscut
Loot box em jogo da App Store

Naturalmente, um negócio bilionário como a App Store possui seus lados positivos e negativos. Como informamos, a Apple acabou de se tornar alvo de uma investigação na Europa que envolve sua loja de aplicativos, mas os problemas relacionados com a plataforma não param por aí.

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Nesse sentido, a Maçã também foi acusada, em um novo processo nos Estados Unidos, de permitir (e promover) as chamadas loot boxes (conhecidas como “caixas de recompensas”), que são itens virtuais disponíveis, geralmente em jogos, com o intuito de monetização e manter o interesse dos usuários/jogadores.

De acordo com o AppleInsider, a acusação argumenta que a Apple lucra com a distribuição desses serviços, cuja finalidade supostamente viola as leis da Califórnia (nos EUA). Além disso, eles inferem que a Maçã está “tacitamente ciente” de que as loot boxes fazem parte da categoria “jogos de azar”, pois nunca se sabe se o usuário será beneficiado ao realizar uma dessas compras — de fato, a Maçã está ciente dessa prática, tanto que, em 2017, regulamentou a oferta desse tipo de compra em apps.

Dezenas (se não centenas) de jogos da App Store contam com alguma forma de loot box ou mecanismo de compra semelhante para gerar bilhões de dólares, muitos deles com crianças.

O processo cita vários jogos que funcionam com base nesse recurso (as vezes indiretamente), incluindo Mario Kart Tour, Futebol FIFA, ROBLOX e Brawl Stars. Os demandantes comparam, ainda, a prática à publicidade da venda de tabaco, que se baseia na criação de comportamentos viciantes para gerar lucro.

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Apesar de solicitado pelos autores do processo, não é garantido que o litígio ganhe status de ação coletiva. Não obstante, isso aumenta a pressão sobre a Apple e outros desenvolvedores/vendedores de jogos digitais para divulgar claramente se um app oferece esse tipo de compra interna.

Clone do TikTok é removido da App Store

O app chinês Zynn, que inesperadamente liderou as paradas da App Store no mês passado, foi removido das lojas de aplicativos da Apple e do Google depois de reclamações de plágio e de promover um esquema em pirâmide.

Zynn na App Store

O aplicativo foi acusado de clonar o popular app de vídeos curtos TikTok, que ultrapassou 1,5 bilhão de downloads no ano passado. De acordo com uma reportagem da WIRED, o Zynn aparentemente subiu ao topo da App Store após promover um esquema de recompensa que alegava pagar aos usuários para assistir a vídeos e indicar amigos.

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Se você baixar o Zynn e se inscrever, um dos primeiros avisos recebidos é um popup informando que US$1 foi colocado na sua conta. Indique um amigo e você ganhará US$20. Para cada cinco amigos que você indicar, você recebe US$10 extras. Percorra o feed e você também acumulará pontos que são transferidos para sua conta, aumentando seus ganhos.

Além disso, diversos conteúdos do Zynn foram denunciados por plágio, incluindo o de perfis bastante populares em mídias sociais como TikTok, YouTube e Instagram:

O Zynn está cheio de vídeos que parecem ter sido roubados de criadores de outras plataformas, incluindo celebridades do TikTok com milhões de seguidores como Charli D’Amelio e Addison Rae. Muitos dos clipes são agregados por contas centradas em um único tema, como “brincadeiras”. Outros vídeos são exibidos em perfis parecidos, representando os criadores individuais. Quatro influenciadores disseram que os vídeos publicados originalmente no TikTok, no Instagram ou no YouTube foram enviados para o Zynn sem seu consentimento, sob contas que não abriram.

Vale lembrar que o Zynn pertence à chinesa Kuaishou, rival da Bytedance (responsável pelo TikTok). Presumidamente, a Kuaishou viu o crescimento meteórico do seu concorrente e tentou se popularizar às suas custas…

via The Verge

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