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Review de leitor: MacBook Pro de 13″ com chip M1

Mr.Mikla / Shutterstock.com
MacBook Pro de 13" com chip M1

Depois da espera ansiosa, ele chegou! O MacBook Pro M1.

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Graças a um amigo que vive nos Estados Unidos, consegui adquirir o notebook por um preço mais acessível — e ele me trouxe numa viagem de passeio ao Brasil.

A procura estava grande! Fiz a compra no site da Apple no dia do lançamento e a entrega ficou programada para 24 de novembro. No dia seguinte, tentei comprar outro para um amigo e o envio já estava programado para o dia 3/12. Será que a Apple está vendendo muito ou estamos diante de uma estratégia de marketing (escassez)? Não sei responder, mas o fato é que as entregas estão distantes e praticamente nenhuma loja tem a máquina disponível para pronta-entrega.

Novo MacBook Pro de 13 polegadas com chip Apple M1 de frente com a tampa abrindo

Depois de uma semana de uso, compartilho com vocês um pequeno review de como tem sido a minha experiência com a nova máquina.

Primeiras impressões

Por fora, nada mudou, como já sabem. Ao ligar, a impressão de algo novo fica pelo visual do macOS Big Sur, que não é exclusividade dos modelos com chip M1. Minha máquina anterior era um MacBook Pro de 16″ (Core i9 de 3,06GHz, com 32GB de RAM), sem dúvida a melhor máquina que já tive até então. Num primeiro momento estranhei o tamanho menor da tela mas, como trabalho com um monitor, isso não fez tanta diferença assim. 

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Eu fiz a migração “limpa”, ou seja, não usei a restauração do Time Machine e preferi me logar e puxar apenas as coisas (arquivos) que estavam sincronizadas pelo iCloud. Com isso, fui escolhendo os apps para instalar aos poucos.

O primeiro app que tentei baixar sem ser nativo para o M1 foi o Spark, e então veio a primeira novidade: uma mensagem perguntando se eu desejava instalar o Rosetta 2 apareceu.

Aceitei e, de forma bem rápida, ele deu sequência à instalação do Spark. Desse ponto para frente, todos os apps (nativos ou não) foram instalando naturalmente. A instalação foi bastante rápida e, mesmo com vários apps baixando ao mesmo tempo, não houve demonstração de “cansaço”.

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Primeiro receio vencido: os apps que rodam via Rosetta 2 funcionam muito bem!

Desempenho

Creio que as duas maiores curiosidades sobre o M1 — pelo menos essas eram as minhas — sejam sobre desempenho e bateria.

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Eu procurei explorar ao máximo os apps simultaneamente, para sentir como o MacBook Pro se comportaria. Coloquei para rodar ao mesmo tempo apps como Stata (programa de estatística), iMovie, Keynote, PowerPoint, Adobe Illustrator, InDesign, Evernote (o meu tem milhares de notas e costuma exigir bastante da máquina), Safari (com inúmeras abas), Chrome (também com inúmeras abas), Música, Teams, Word, Excel… enfim, deixei quase tudo aberto e rodando alguma coisa quando possível. Para minha surpresa, nenhum travamento. Tudo funcionou normalmente! 

Uma constatação importante: sabe aqueles comentários que, ao clicar no ícone de um app no Dock, ele pula uma única vez e abre? É verdadeiro sim, mas apenas para apps nativos. Todos os aplicativos que estão rodando sobre a camada Rosetta 2, entre eles o pacote Office, ainda apresentam daqueles três ou quatro pulinhos tradicionais para abrir. Mas, tudo bem, nada diferente do que seria em Macs com chips Intel.

O desempenho geral da máquina é realmente interessante. Na tabela a seguir, coloquei testes que fiz com ela e com o meu MacBook Pro de 16″, para vocês conferirem:

AtividadeMBP IntelMBP M1
Exportar video de 30 minutos no iMovie02:4502:40
Rodar planilha de dados no Stata00:4500:47
Exportar 1.000 notas do Evernote10:0210:13
Transformar 300 slides do PowerPoint em PDF00:1900:20

Pelo menos nessas atividades básicas que testei, o desempenho do M1 foi praticamente igual ou superior ao de um Intel Core i9 (pensando que o M1 seria equivalente a um Core i3, digamos) com o dobro RAM.

No uso de periféricos, trabalho com uma estação base integrada para dois monitores, som e cabo de rede. Depois de instalados os drivers tudo funcionou bem, mas a conexão com os monitores não é tão suave como em alguns reviews — ao menos aqui, precisei das tradicionais “piscadas” para reconfiguração da tela.

Segundo receio vencido: o desempenho do M1 atende à maioria das promessas da Apple e foi equiparado a um Intel de primeira linha!

Bateria

Eis uma das maiores promessas da Apple: 18 a 20 horas de bateria com esse MacBook Pro, dependendo do seu uso.

Esse é um tema bem difícil de ser analisado, pois o uso da bateria é algo muito específico e individual. Cada um tem seu pacote de aplicativos, forma de usar, configuração da máquina (brilho da tela, etc.).

Eu realizei meus testes procurando trabalhar naturalmente, usando tudo o que é necessário e sem me preocupar com algum tipo de economia. Nesse contexto, consegui trabalhar dois dias sem recarregar (aproximadamente 12 horas), deixando-o fechado à noite. Nada mau para um uso bem intenso, não é mesmo?

Terceiro receio vencido: a bateria é boa, mesmo! Cumpre 100% a promessa da Apple? Difícil saber, só usando exatamente como eles sugerem, mas foi um ótimo aproveitamento.

Detalhes adicionais 

A máquina é extremamente silenciosa! Ainda não ouvi a ventoinha dela nenhuma vez. Ela esquenta quando requisitada, mas não ouvi nenhum barulho.

Ao tentar rodar alguns apps para iPhones e iPads, tudo funcionou como deveria, mas a experiência deixa bastante a desejar. Acredito que, da mesma forma que alguns apps para iPhones não tinham uma boa experiência em iPads, vai levar um tempo até que desenvolvedores melhorem essa experiência desses apps nos Macs.

Até agora, senti dificuldades apenas para usar o OBS e o SPSS; de resto, tudo que eu uso funcionou muito bem. Estou, também, acompanhando atento o site divulgado aqui no MacMagazine que mostra quais apps já estão preparados para o M1. 😉

Conclusão

Se você está na dúvida se vale a pena ou não comprar o M1, eu lhe digo: compre!

Craig Federighi abrindo o MacBook Air com M1

A Apple realmente desenvolveu um produto espetacular e que certamente marcará uma nova era para os computadores pessoais. Desempenho surpreendente, bateria de longa duração e um processo de migração invejável, que eliminou os maiores medos de muitos usuários.

É verdade, no entanto, que provavelmente um novo design para algumas dessas máquinas chegará no ano que vem. Se você sabe controlar bem a ansiedade, pode valer a pena esperar. Mas se você é de alguma forma parecido comigo, a saga de vender a máquina atual para levantar recursos e comprar uma nova será digna do esforço (agora e no ano que vem)!

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