A Mozilla está insatisfeita com os métodos pelos quais as gigantes de tecnologia (a exemplo da Apple, do Google e da Microsoft) impedem que navegadores independentes (como o Firefox) ganhem destaque nas suas plataformas.
Para registrar publicamente sua insatisfação, a empresa criou um novo rastreador de problemas, chamado Platform Tilt, no qual documenta como vê essa desvantagem do Firefox nesses sistemas.
Durante anos, a Mozilla manteve diálogo com desenvolvedores de plataformas em um esforço para resolver esses problemas. Com a atenção pública renovada e um ambiente regulamentar em evolução, pensamos que é pertinente publicar essas preocupações utilizando o mesmo processo e as mesmas ferramentas transparentes que utilizamos para desenvolver posições sobre normas técnicas emergentes.
Estão entre esses métodos coisas como tornar mais difícil para um usuário baixar e usar um navegador que não seja o nativo do sistema, ignorar ou redefinir a preferência de navegador padrão de um usuário, restringir certos recursos ao navegador nativo ou exigir o uso do mecanismo de busca nativo para navegadores de terceiros.
A Apple tem, de longe, o maior número de problemas na visão da Mozilla, com dez reclamações listadas — contra três da Microsoft e do Google. A desenvolvedora também pede a outros fornecedores de navegadores que publiquem suas preocupações de forma semelhante.
A insurgência da Mozilla, vale notar, vem à tona num momento em que as gigantes de tecnologia estão enfrentando um escrutínio cada vez maior sobre supostas práticas antitrustes — com a Apple, inclusive, na mira de várias mudanças a fim de promover a competitividade nos mercados em que participa.