Falamos dessa reportagem da ABC na semana passada, conferimos os primeiros detalhes anteontem e hoje de madrugada tivemos acesso a dois vídeos com pedaços do documentário do programa “Nightline”, pouco antes de ele ser veiculado por completo na televisão americana.
Quem estiver nos Estados Unidos pode assistir à matéria completa aqui, e os primeiros 5-6 minutos dela também estão disponíveis para todos no YouTube.
A seguir, compilamos alguns dos destaques que ela trouxe:
- No geral, empregados trabalham por 12 horas na fábrica, com duas paradas de 1 hora para alimentação (que custa US$0,70). Quem come rápido, aproveita o resto do tempo para tirar um cochilo.
- O que os empregados mais reclamam é do pouco que recebem pelo trabalho (em média, menos de US$2 por hora), ainda que muitos deles dividam quartos minúsculos com até outras 6-7 pessoas — e ainda pagam cerca de US$17,50 mensais pelo aluguel.
- Para montar um iPhone, são necessários um total de 141 passos — a maior parte deles, manuais.
- Para concluir a montagem de um iPad, são necessários 5 dias e 325 pares de mãos.
- Em dois turnos completos (sim, um dia), a fábrica é capaz de produzir 300.000 módulos de câmera para iPads.
- Mesmo após o fim da crise de suicídios, a Foxconn continua mantendo redes de segurança em volta de seus prédios.
- Atualmente, a Foxconn oferece diversas atividades extras para seus empregados, incluindo aulas de inglês e esportes. Também há lan houses lá dentro, para quem quiser usar a internet.
- Enquanto realizava a sua reportagem, o âncora Bill Weir viu a Foxconn contratar 3.000 pessoas num só dia.
Agora há pouco, noticiamos também que uma ONG afirmou que a Foxconn se preparou previamente para as visitas da Fair Labor Association, “escondendo” trabalhadores menores de idade.
Para esses empregados, não poderia haver nada melhor do que essa atenção toda que a mídia está dando para as condições de trabalho proporcionadas pela Foxconn e por outras gigantes chinesas. A tendência, espero, é que as coisas melhorem bastante por lá.