Como temos acompanhado aqui no site, uma das grandes disputas judiciais da Apple hoje em dia é contra a Qualcomm. E, assim como ocorre com a Samsung, de um lado as empresas estão se enfrentando nos tribunais enquanto de outro são parceiras em fornecimento de certos componentes para produtos diversos.
No caso específico da Qualcomm, a Apple tem tentado se desvencilhar dela adotando modems 3G/4G da Intel; o problema é que, ao que tudo indica, esta só conseguirá assumir todos os pedidos da Maçã a partir do ano que vem.
Em janeiro passado, a Qualcomm recebeu uma bela bordoada da Comissão Europeia: foi multada em R$3,9 bilhões por ter, supostamente, pagado bilhões para que a Apple não utilizasse chips de empresas concorrentes, como os da Intel.
E todo esse baque parece estar fazendo efeito. Uma nova reportagem da Reuters indica que a Qualcomm já estaria repensando certas exigências e acredita que, com isso, poderá vir a resolver disputas como as que tem com a Apple.
Foram anunciadas três medidas:
- Fabricantes poderão pagar um custo menor por “licenças essenciais/padrões”, de 3,25% por dispositivo em vez dos 5% que ela vinha cobrando da Apple e de outras pelo pacote completo;
- Fabricantes poderão usar patentes da tecnologia 5G sem custo extra;
- A partir de agora, a Qualcomm aplicará suas taxas de patentes sobre um máximo de US$400 por dispositivo (preço de venda líquido) — antes, ia até US$500. Isso é especialmente interessante para a Apple, que basicamente só trabalha com modelos de smartphones premium.
Obviamente, a Apple não é a única que trava uma batalha do tipo contra a Qualcomm. Ela também está brigando ferozmente, por exemplo, com a chinesa Huawei — mas, com ela, parece que as conversas em direção a um acordo têm avançado mais do que com a Maçã.
Enquanto isso, tudo indica que o próprio CEO da Apple, Tim Cook, vai depor em frente à corte na disputa contra a gigante dos microchips no dia 27 de junho. A ver.