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Universal Music Group solicita direitos autorais de músicas em vídeos no YouTube

Logo do YouTubeA indústria fonográfica precisa entender que os tempos mudaram. Algo está acontecendo e tudo está mudando. Hoje vende-se muito menos CDs do que há cinco anos. E daqui a cinco anos, existirão CDs? O jeito é se adaptar. Encontrar maneiras de lidar com o que acontece no mundo de hoje, um mundo digital, e quase sem regras.

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Hoje recebi um email do YouTube. Levei um baita susto! Achei que ia ser processado! Mas o li direitinho e fiquei tranqüilo, ao mesmo tempo que muito contente.

O email diz que um de meus vídeos publicados tem conteúdo em áudio cujo direito foi reclamado pela UMG (Universal Music Group), mas eles autorizaram o seu uso no YouTube, desde que a página do vídeo contenha uma nota de copyright da UMG e, além disso, eles vão receber dados estatísticos sobre o vídeo, como a quantidade de vezes que for exibido. Além disso, haverá monetização do vídeo, ou seja, o YouTube poderá exibir publicidade para a Universal na página do meu vídeo.

Email do YouTube

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Logo me lembrei da notícia postada aqui em outubro do ano passado, que comentava os primeiros passos do Google para identificar os vídeos publicados no YouTube a fim de evitar pirataria e facilitar o reconhecimento dos direitos autorais, de modo que seus donos possam decidir o que fazer com o conteúdo.

O YouTube utiliza uma ferramenta avançadíssima que identifica todos os vídeos quando publicados, e dá a eles uma marca única, como se fosse uma impressão digital. Isto permite aos donos de conteúdo — como as gravadoras, por exemplo — verificar se os vídeos trazem conteúdo em vídeo ou áudio que lhes pertencem. As gravadoras podem disponibilizar uma biblioteca de referência com as “impressões digitais” de cada uma de suas músicas, videoclipes etc. E esta biblioteca é usada na verificação de vídeos com a tal YouTube Identification Tool.

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Quando o conteúdo da reclamante é encontrado em algum vídeo publicado no YouTube, ela pode agir de três modos: bloquear o conteúdo, utilizar informações sobre o conteúdo e/ou monetizar. Se for a vontade da gravadora — ou de outro reclamante de direitos sobre o conteúdo do vídeo —, o vídeo pode ser bloqueado apenas em alguma região do mundo (ou em qualquer lugar). Caso o conteúdo seja republicado, na tentativa de burlar o sistema, a sua ID já é conhecida pelo YouTube, que aplicará as mesmas regras imediatamente a ele também.

Vejo nisso tudo um comprometimento com os direitos autorais, por parte do Google, para criar e disponibilizar tais ferramentas aos seus usuários e por respeitar a vontade dos criadores de conteúdo e detentores de seus direitos. E, mais importante do que isso, vejo que as gravadoras estão amadurecendo, tentando buscar uma forma de sobreviver em novos tempos, não só da venda dos discos, mas também através da exploração da exibição de suas músicas na internet. Ao permitir o uso e a divulgação pública de vídeos contendo músicas de seus artistas, as gravadoras podem ganhar com publicidade e o YouTube agradece por poder continuar disponibilizando estes vídeos. Resta saber se os artistas estão ganhando o que lhes é de direito. Mas já é um começo.

A título de curiosidade, o meu vídeo usa a música “Vertigo”, do U2, confira:

[youtube]http://youtube.com/watch?v=-1JgdrQjR3c[/youtube]

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