Você compraria um celular com o símbolo ao lado? Acharia que era alguma coisa do “Paragua”, vagaba mesmo, sem noção com esse ser marinho estampado, e não gastaria nem um tostão no produto? Pronto, desperdiçou um Nokia. Nada a ver com telefonia.
Já deu para entender o impacto do uso de um símbolo gráfico que remeta às principais qualidades do produto e da empresa, e de quebra, seja extremamente agradável à nossa percepção. Claro, usei um exemplo “extremamente extremo” — em 1865, época do peixão ao lado, a Nokia trabalhava com celulose e a referente tecnologia para sua obtenção, num espaço ao lado de um rio finlandês chamado… sim, Nokia.
Outras empresas, também com os tantos anos da Nokia, já começaram idealizando a tecnologia futura, mas usando todos os macetes e remetendo à estética do então presente.
O blog Neatorama montou uma série de comparativos dos símbolos de grandes empresas do mundo da tecnologia, de seus primórdios aos dias de hoje. É muito legal observar a linha que todos seguem em determinadas épocas. Uns remetem ao Art Nouveau e suas tantas curvas, como no caso do símbolo ao lado (não, você não vai adivinhar se não entrar no blog), ou ao estilo mais limpo e moderno implantado pela Bauhaus e cia antes dos anos 50. E como não perceber o famoso estilo digitalizado do final da década de 70 e toda a década de 80, seguido tão bem pela Microsoft?
Embora a maior parte deles tenha sido alterado nos últimos anos, é interessante notar que tanto o último logotipo da Canon quanto o símbolo e logotipo da Motorola não são alterados há cerca de 50 anos: dois exemplos de projetos gráficos de respeito, que se mantém moderninhos e funcionais até hoje.