Uma nova denúncia publicada pelo The Intercept dá conta de que a Apple estaria ajudando a expandir a censura na China para sites em Hong Kong, de forma silenciosa.
O veículo afirmou existir uma lista de sites proibidos para usuários — da empresa chinesa Tencent — na região de Hong Kong e que o Safari estaria basicamente seguindo essa tal lista, banindo os domínios.
Isso foi descoberto após alguns usuários tentarem acessar o site GitLab pelo Safari e receberem uma mensagem peculiar avisando que o site havia sido “bloqueado para a segurança do usuário”, acusado de “fornecer desinformação”.
Vale lembrar que a Tencent é a empresa por trás do WeChat e também é proprietária do jogo League of Legends, bem como de parte da Epic Games. Ela basicamente opera o “filtro de navegação segura” do Safari na China em nome da Apple e está, agora, expandindo essa censura para Hong Kong.
Conforme a publicação revelou, a Apple teria dito que utilizaria essa lista apenas para usuários do Safari dentro da China continental, muito provavelmente para obedecer as leis do país. Entretanto, a Maçã teria adicionado “discretamente” uma nota à sua política de privacidade em algum momento depois do dia 24 de novembro de 2022, afirmando que “a lista da Tencent seria usada para dispositivos em Hong Kong também”.
Por ser uma empresa chinesa, já era esperado que a Tencent se curvasse às leis locais, porém, como o pesquisador do Citizen Lab Jeffrey Knockel, disse ao jornal, a surpresa é a Apple fazer o mesmo através da empresa chinesa: “É problemático não apenas em princípio, mas também na prática”, comentou.
Essa medida foi realizada possivelmente para manter a boa relação com o governo chinês; como poderíamos suspeitar, a Apple se recusou a comentar o caso.
via iMore