Já sabemos que uma das grandes pendengas entre as editoras que querem estar presentes no iPad e a Apple é a liberação de informações dos leitores para melhor vendê-las aos anunciantes das revistas (e Scott Adams captou bem o espírito da coisa).
Para não ficar num eterno impasse com seus verdadeiros clientes (os anunciantes), a editora foi diretamente à mercadoria (os leitores das revistas GQ, Vanity Fair, Wired e Glamour) para coletar dados sobre hábitos de leitura e visibilidade de anúncios em periódicos lidos na tablet da Maçã.
As descobertas de mais de 100 horas de entrevistas individuais e mais de 5 mil enquetes dentro de apps foram divulgadas na forma de um guia de boas condutas na criação de publicidade para o iPad. As informações óbvias fundamentais são:
- Use as funcionalidades adicionais do iPad;
- Os usuários da tablet não são geeks, ensine-os a interagir com seus anúncios;
- Adicione informações do produto (guias e dados), mas evite reciclar conteúdo de outras mídias;
- Conte uma história (bônus: evite repetir o mesmo anúncio várias vezes numa edição só);
- Ofereça uma forma de o usuário poder adquirir seu produto diretamente (numa página livre de Flash, né?).
Vale destacar a constatação de que publicidade em revistas digitais é encarada por leitores como um acréscimo à experiência de uso, da mesma forma que nas revistas impressas — o que deve ser realmente verdade, se levarmos em conta que publicidade de periódicos normalmente é bem trabalhada e não pisca nem sobrecarrega seu processador… ainda.
Além disso, cogita-se que o iPad ainda não deve ser visto como um gadget do segmento mobile, tanto por ser muitas vezes deixado em casa quanto por ser compartilhado entre mais de uma pessoa, e que isso deve ser levado em consideração na hora de conceber-se uma campanha publicitária.
[via AllThingsD]