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Review: iPhone 5, a sexta geração do smartphone da Apple

iPhone 5 de cima e de lado, de frente e de costas

Mantendo o seu quase sagrado ciclo anual de atualizações, o iPhone de sexta geração foi anunciado pela Apple em um evento especial realizado no Yerba Buena Center for the Arts, em San Francisco, no mês de setembro.

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iPhone 5 de cima e de lado, de frente e de costas

Mais uma vez, devido às inúmeras burocracias que novos dispositivos eletrônicos precisam se submeter para obterem o aval de comercialização em território nacional e à própria baixa prioridade que a Apple dá ao Brasil frente a outras praças internacionais, o nosso país não esteve nas primeiras levas de lançamento do aparelho. Mesmo assim, nós não perdemos tempo e viajamos para Nova York a fim de pormos as mãos nele o mais rápido possível.

Depois de algumas semanas intensas de uso do smartphone, agora estamos aptos a tecer comentários aprofundados sobre ele e ajudá-los a decidir se o investimento é válido ou não. Como sempre, focaremos este review no que há de novo ou mudado no produto, tomando como base tudo o que já abordamos em artigos anteriores: 3GS, 4 e 4S.

Nome

Durante todo o período que compreendeu o lançamento do iPhone 4 até o do 4S, rumores discutiam as possíveis novidades e mudanças que viriam no “iPhone 5”. Em outubro de 2011, como bem sabemos, o iPhone de quinta geração foi apresentado porém o nome dado a ele foi “4S”.

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A partir daí, iniciou-se uma longa discussão sobre qual nome a Apple daria para a sexta geração do seu smartphone: iPhone 5, iPhone 6, iPhone 4G, iPhone LTE…? Independentemente de qual fosse, a confusão estava armada e haveria gente apoiando e outros criticando.

Com o lançamento do iPad de terceira geração, em março deste ano, a Apple seguiu uma rota inesperada: em vez de chamá-lo de “iPad 3”, ela resolveu abandonar o sufixo numérico e retornou para um mero e simples “iPad” — assim como estamos acostumados há anos a ver em todas as linhas de Macs e iPods. Desta maneira, referenciamo-nos aos diversos modelos por suas características, pela geração e/ou simplesmente pela época em que foram lançados.

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Daí logo muitos assumiram que o mesmo aconteceria com o iPhone, inclusive este que vos escreve. O problema era determinar como a Apple faria para promover o resto da sua linha. No caso do iPad, veio o novo modelo e a Apple continuou vendendo o iPad 2. Isso por si só já é confuso, mas imaginamos que seria apenas uma questão de tempo até o iPad mini chegar e tudo se normalizar. Ele de fato chegou poucos meses depois, mas surpreendentemente a Apple ainda manteve o iPad 2 à venda. Definitivamente, a coisa ainda não está legal.

Mas no caso do iPhone a situação é ainda mais complicada, pois a Apple continua comercializando não uma, mas *duas* gerações anteriores no mercado. Como explicar para o consumidor, então, que “iPhone” é o mais novo modelo, enquanto 4 e 4S são antigos? Não deu outra: veio mesmo o iPhone 5 (mesmo sendo a sexta geração do produto).

Nome - iPhone 5

Isso muito me preocupa, pois mais cedo ou mais tarde esses números se tornarão um tanto ridículos. Se a coisa continuar como está, já dá pra imaginar, por exemplo, que em 2018 veremos o lançamento do “iPhone 7S” (heh).

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Mas o que é um nome, né? Vamos falar do que interessa pra valer.

Tela de 4 polegadas

Não temos como iniciar o nosso review sem tratar da mudança mais significativa do novo iPhone: a sua tela de 4 polegadas. É a primeira mudança em dimensão *e* proporção que a Apple faz na tela do seu smartphone desde a primeiríssima geração.

Do iPhone original ao 3GS, tínhamos uma tela de 3,5 polegadas com 320×480 pixels de resolução. No iPhone 4, a “tela Retina” foi introduzida trazendo quatro vezes mais pixels — 640×960 —, e ela foi mantida no iPhone 4S.

iPhones 5 pretos de ladoPara o iPhone 5, a Apple tomou uma atitude ousada que já vinha sido discutida meses antes com base em rumores e informações que vazaram: ela esticou um pouco a tela do aparelho na vertical, adicionando 176 pixels na altura. Pode parecer pouco, mas essa diferença de meia polegada equivale a nada mais nada menos que 112.640 pixels extras no display — o qual continua, é claro, com a exata mesma densidade e sua classificação “Retina”.

Muitos dizem que a Apple só realizou essa mudança para “responder” à concorrência. Eu não sou do tipo que faz uma afirmação dessas sem embasamento nenhum, mas o histórico da empresa deixa claro que ela não precisa nem nunca precisou da concorrência para realizar mudanças em seus produtos — bem como lançar novos, seja adentrando novos mercados ou expandindo suas linhas já existentes.

Após algumas semanas de uso do iPhone 5, posso corroborar sem medo a afirmação da Apple de que essa nova tela tem simplesmente o formato ideal. A diferença na altura é muito benéfica no uso diário do sistema e dos aplicativos, e, em pouco tempo, eu tenho a sensação de que o iPhone sempre deveria ser assim. Exatamente por isso, me pergunto por que tivemos que aguardar até a sexta geração para que essa mudança fosse feita.

Talvez tenha sido mesmo a concorrência, vai saber. Eu só fico alegre pelo fato de a largura do aparelho não ter sido alterada — de fato, ainda dá para usá-lo relativamente bem com apenas uma mão — e a Apple não ter nem sonhado em fazer um iPhone de 4,5 ou até 5 polegadas. O tamanho atual dele para mim está no limite de portabilidade que eu busco em um smartphone e espero que a coisa permaneça dessa forma.

Conforme também já se previa antes do lançamento, felizmente o trabalho de desenvolvedores para adaptar seus apps à nova tela (salvo alguns casos especiais como certos games que rodam em modo tela cheia ou aplicativos que fazem uso de muitos elementos próprios de interface) é bem simples. Não é à toa que todos os aplicativos que eu uso de forma diária/constante (e não são poucos) já foram atualizados para ele, inclusive — há poucos dias — o WhatsApp Messenger, que, curiosamente, também demorou bastante para ganhar gráficos Retina na época do iPhone 4. Vai entender…

E já que estamos falando do display, é importante notar que, junto a essa importante mudança, a Apple também realizou tradicionais melhorias em brilho, contraste e gama de cores. É perceptível o quanto ela melhorou e como agora temos pretos bem mais profundos do que antes. Kudos!

Design

Eis outro aspecto bastante discutido por aí. Do iPhone original para o 3G, a Apple realizou uma grande mudança visual, a qual se manteve em grande parte no 3GS. Daí para o 4, mais uma forte mudança e de novo uma sequência praticamente idêntica no 4S. Com o 5, portanto, já esperavam novamente uma terceira grande renovação visual no aparelho.

Apesar do que muitos insistem em repetir, eu digo que sim — essa grande mudança veio.

Observem, antes de mais nada, que a frente do iPhone permaneceu praticamente inalterada em todas essas gerações. A mudança mais significativa veio com o iPhone 4, que introduziu uma câmera frontal para o FaceTime e uma nova versão branca. Com o iPhone 5, a própria mudança da tela já é significativa, sem falar num reposicionamento da câmera e até mesmo numa ínfima redução de tamanho do botão Home. Por falar nele, as melhorias em resistência que observei na época do 4S parecem ter se mantido no 5.

O que muitos se referem ao afirmar que o design do aparelho não foi mudado é porque o desenho básico da sua carcaça em si foi mantido. De fato, mas colocar a coisa dessa forma é falar de design da forma mais superficial possível.

Olhando de perfil, o iPhone 5 está absurdamente mais fino que seus antecessores (7,6mm contra 9,3mm) — e isso faz uma diferença significativa no seu uso diário. É tanto que, mesmo com o aumento da tela, o volume geral do aparelho foi reduzido. E se tem uma coisa que muitos se surpreendem ao pegá-lo nas mãos é com relação ao peso (112g contra 140g): nem dá pra acreditar que lá dentro há tantos componentes e tecnologias modernas.

iPhones 5 preto e branco

Ao contrário do iPhone 4 e do 4S, toda a lateral do iPhone 5 agora é anodizada de acordo com a cor predominante do aparelho — que continua disponível em versões preta e branca, porém agora com detalhes em chumbo/grafite e prata, respectivamente. Além disso, os “franchos” das antenas são agora quatro: dois na parte lateral superior e dois na parte lateral inferior.

Olhando para o iPhone 5 de cima, nota-se a ausência de algo presente em todas as gerações anteriores: a tradicional entrada de 3,5mm, para fones de ouvido. Agora, no topo, temos mesmo apenas o botão Sleep/Wake.

iPhones 5 por trás e por baixo

Essa entrada foi agora reposicionada na parte inferior do aparelho, ao lado dos furinhos do microfone (também modificados). A nova posição segue a dos iPods touch e, como tudo relacionado com a Apple, agradou a muitos e também desagradou a muitos. Eu não costumo usar o iPhone com fones, mas parando pra pensar até curti a mudança pois coloco o aparelho no bolso sempre voltado para baixo, então agora o fio não fica enrolado.

Depois do microfone temos o novo conector Lightning (assunto para um tópico à parte, neste review) e então os furinhos do alto-falante.

É difícil colocar em palavras, mas até mesmo a junção da lateral do aparelho com o seu vidro frontal — agora muito provavelmente o Gorilla Glass 2, da Corning — está muito mais polida e suave. Alguns chegaram a comparar o aparelho a uma “joia” por esse e outros aspectos, e eu não posso discordar.

Na traseira, mais uma forte mudança: em vez de uma grande lâmina de vidro, temos agora um design de três partes e duas tonalidades. Em cima e embaixo, a Apple manteve vidro; na área central, que compreende talvez 85% de toda a traseira, ela usa agora alumínio. Eu particularmente achei o visual fantástico, mas usar alumínio traz vantagens e desvantagens. Por um lado temos menos vidro passível de quebra; por outro, o alumínio arranha bem mais facilmente.

Performance

Uma dúvida antes da apresentação do iPhone 5 era sobre o chip que a Apple viria a embutir nele. Felizmente, ela surpreendeu: o aparelho já incorporou um processador A6, prometendo duas vezes mais performance do que antes (inclusive em gráficos).

No uso diário, esse avanço é perceptível. Tudo o que fazemos no iPhone responde de forma muito mais rápida, como abrir aplicativos, alternar entre eles e executar tarefas mais pesadas como por exemplo editar imagens e exportar vídeos. A própria inicialização dele está ligeiramente mais ágil, embora seja muito, muito raro eu desligá-lo ou reiniciá-lo.

Falando um pouco em números, eis o teste do Geekbench:

Geekbench no iPhone 5Geekbench no iPhone 5

Comparativamente, iPads de terceira geração pontuam entre 800 e 900, enquanto o iPhone 4S estava em 600-700. No caso do Geekbench, o teste é focado principalmente em performance do processador e da memória.

Aqui, o famoso teste SunSpider — um benchmark famoso de JavaScript:

SunSpider benchmark no iPhone 5

Neste caso, quanto menor o tempo que o dispositivo leva para finalizar o teste, melhor. O iPhone 5 levou 924,3ms, enquanto meu iPad de terceira geração demorou 1505,8ms — uma diferença pra lá de significativa.

Mais importante do que isso, porém, são os 1GB de RAM que agora equipam o iPhone. Com isso, é possível rodar muito mais apps ao mesmo tempo ou então navegar no Mobile Safari com várias abas abertas sem que elas fiquem se atualizando toda hora. Para mim, isso é muito valioso.

Já me peguei usando o atalho de duplo-clique no botão Home para acessar a barra de apps e alternar para um que já estava lá pra terceira “fila”, algo que eu havia usado talvez já há 1-2 dias, e ele ainda estava “rodando”. Muito bacana.

Ainda assim, a Apple promete para o iPhone 5 uma autonomia de bateria tão boa quanto a do 4S ou até superior, em determinados aspectos. Como calcular isso depende de muitos fatores (incluindo uso de aplicativos, brilho da tela, componentes como 3G, Wi-Fi e/ou Bluetooth estarem ou não ativados, etc.), preferimos não colocar aqui um número específico de duração.

As promessas oficiais da Apple são as seguintes:

  • 8 horas de navegação via LTE;
  • 8 horas de conversação;
  • 10 horas de reprodução de vídeos.

Dá pra melhorar? Sem dúvida. Há inclusive quem daria tudo para o iPhone 5 ser um pouco mais grosso e pesado, em troca de uma bateria mais duradoura. Porém a prioridade da Apple claramente foi outra no design do produto.

Conectividade

Assim como o iPhone 4S, o 5 suporta o chamado “3G+” para uma conectividade um pouco mais rápida por redes de telefonia celular. Mas, para quem está em países com boa cobertura, a grande novidade mesmo foi a implementação de uma baseband 4G (LTE).

Para a nossa infelicidade, nenhum dos modelos de iPhones 5 lançados pela Apple conta com suporte à banda 7 de 2.500MHz, a qual será futuramente adotada pelas operadoras brasileiras. Isso significa que, mesmo daqui a alguns anos, o iPhone 5 não funcionará no Brasil para conectividade 4G (LTE).

Mas vejam bem o que eu falei: pra que se importar tanto com isso, se hoje em dia nem as nossas redes 3G funcionam bem? Se considerarmos a realização da Copa do Mundo no Brasil é até possível que a implementação de redes 4G (LTE) ocorra de forma realmente um pouco mais rápida nas cidades-sede do torneio, mas quando isso ocorrerá? Quando a Apple lançar o iPhone de sétima, de oitava geração?… Espero que um dia ainda venhamos a dar risada disso tudo, sinceramente.

Felizmente, até mesmo o Wi-Fi do iPhone 5 recebeu um upgrade. Ele agora suporta os protocolos IEEE 802.11a/b/g/n, em ambas as frequências de 2,4GHz e 5GHz — proporcionando um maior alcance e uma velocidade superior de transferência de dados. Nada mau.

Lightning

Depois de quase uma década, a Apple aproveitou o lançamento do iPhone 5 para dar adeus ao antigo conector de 30 pinos e introduzir um novo — o chamado Lightning.

iPhone 5 com Lightning

Como eu mesmo já comentei com alguns amigos, se a Apple conseguisse simplesmente fazer o antigo conector poder ser conectado de qualquer jeito, já seria um avanço e tanto. Nesses casos, a Lei de Murphy impera: sem olhar, você sempre de primeira tentará encaixar do lado certo. Sim, porque aí você não alinha direito, vira achando que estava do lado errado e aí descobre que estava certo e então vira de novo. 😛

O Lightning não tem lado errado, o que torna a experiência de uso bem mais agradável. Mas não para por aí: ele é incrivelmente menor, e nem as fotos do site da Apple fazem jus a isso. Só para vocês terem uma ideia, especialistas analisaram a construção do iPhone 5 e concluíram que o aparelho simplesmente não poderia ser do jeito que é hoje, se a Apple não tomasse a decisão de matar o conector de 30 pinos.

Alguns se queixam que a Apple poderia ter aproveitado a oportunidade para adotar o padrão Micro-USB, mas este simplesmente não atende aos requerimentos que a tecnologia embutida no Lightning oferece para a Apple e para fabricantes de acessórios compatíveis não só com o iPhone 5, mas com todos os outros iGadgets que já incorporaram o novo conector.

Ademais, para quem precisa, os adaptadores vendidos separadamente funcionam muito bem com cabos e acessórios antigos.

Câmeras

Por fora é difícil notar, mas a Apple melhorou consideravelmente as duas câmeras do iPhone 5 — talvez, desta vez, até mais a frontal do que a traseira.

A frontal, normalmente referenciada pela empresa como câmera FaceTime, pulou de uma mera resolução VGA para HD 720p. Isso significa não só que vídeo-chamadas ficam muito melhores no novo iPhone, como que até mesmo dá para usá-la para autorretratos, por exemplo, com uma qualidade satisfatória.

Mas, evidentemente, a câmera traseira — chamada de iSight — ainda é a ideal para fotos e vídeos. Ela continua com os mesmos 8 megapixels de resolução do iPhone 4S, mas foi aprimorada em diversos sentidos, oferecendo agora uma maior gama de cores, mais nitidez e, principalmente, uma performance excelente em ambientes com baixa luminosidade.

Confira a seguir alguns comparativos — à esquerda iPhone 4S, à direita iPhone 5:

Foto do iPhone 4SFoto do iPhone 5

Foto do iPhone 4SFoto do iPhone 5

Foto do iPhone 4SFoto do iPhone 5

Foto do iPhone 4SFoto do iPhone 5

Se você abrir cada uma delas separadamente em abas do seu navegador, poderá fazer um comparativo ainda melhor alternando rapidamente entre duas similares.

Uma novidade que vale citarmos aqui mas que não é exclusiva do iPhone 5 é o novo modo “Panorama” do app nativo Câmera. Com ele, é possível registrar fotos panorâmicas com até 28 megapixels de resolução, bastando iniciar a captura num ponto e ir girando o aparelho até o ponto que achar satisfatório — ou até o ângulo máximo suportado, de 270 graus.

Uma dica bacana é que o panorama não precisa necessariamente ser criado da esquerda para a direita; se você simplesmente der um toque na seta branca, a orientação se inverte. 😉

Modo panorama no iPhone 5Modo panorama no iPhone 5

Aqui, vale notar também que o chip A6 do iPhone 5 torna toda a experiência com a câmera bem melhor. No modo de foto convencional (sem HDR), por exemplo, agora dá pra tirar fotos praticamente na mesma velocidade em que conseguimos ficar apertando o botão de disparo. As imagens com HDR também são registradas bem mais rapidamente do que antes, é claro.

É difícil fazer testes explícitos disso, mas até mesmo o sistema de estabilização de imagem foi melhorado no iPhone 5. Isso faz uma grande diferença na qualidade final de vídeos filmados com ele, os quais continuam com resolução Full HD 1080p.

iOS 6 e apps adaptados

Não pretendo entrar em muitos detalhes sobre o iOS 6 neste review, até porque já falamos demais nele no MacMagazine, mas é interessante notar principalmente algumas das principais diferenças do sistema e seus apps nativos rodando na nova tela de 4 polegadas do iPhone 5.

Logo na Home Screen, como já previam rumores, ganhamos uma linha extra de apps em cada tela. Só isso aumenta o número máximo teórico de ícones em todas as telas do aparelho consideravelmente. Antes, podíamos ter 11 telas com 16 ícones cada. Considerando que todos eles fossem pastas lotadas, estamos falando de 11 * 16 * 12 = 2.112, mais os 4 ícones no dock inferior que também podem ser pastas vamos a 2.160. Agora são 11 telas com até 20 ícones cada e 16 por pasta! Total de — acreditem se quiser — 3.584 ícones.

Enquanto apps não são adaptados para as novas telas de 4 polegadas, eles rodam com barras pretas em cima e embaixo — como em filmes. Não é o pior dos mundos, mas a experiência fica um pouco prejudicada. Só há uma “vantagenzinha”, nisso: quando rodamos apps desse jeito, os banners de notificação aparecem no topo sem obstruir a interface do app, hehe!

De uma maneira geral, os 176 pixels extras na altura da tela são ótimos pois permitem que apps mostrem mais da sua área central de conteúdo. É por isso que, em muitos, essa adaptação é bem simples. No Mensagens, por exemplo, a interface continua a mesma só que vemos mais mensagens por vez e o melhor: quando estamos digitando, o teclado não toma conta da tela toda tão facilmente quanto antes.

Exemplos de alguns dos apps nativos que receberam alterações realmente interessantes devido a esse espaço extra:


Tela Início: talvez a mudança mais simples de todas, agora as telas de ícones do iPhone contam com uma linha extra de aplicativos. Pastas também ganharam esse espaço adicional, é claro.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Tempo: em vez de ampliar a previsão para mais dias, agora o app mostra detalhes sobre a mudança de tempo durante o dia corrente. Serve até como uma espécie de relógio global.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Câmera: pequena mudança visual na interface, sem nenhum benefício prático em usabilidade — a menos que você considere a área um pouco maior do botão de disparo uma real vantagem. 😉

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Mapas: um dos apps nativos mais beneficiados pelos 176 pixels extras de altura da tela do iPhone 5, temos muito mais área útil para visualizar mapas. Ótimo também quando usando o sistema de navegação.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Relógio: outro exemplo de mais conteúdo mostrado sem a necessidade de rolagem, desta vez relógios com fusos variados. A Apple diminuiu ligeiramente a altura de cada um, incluindo mais uma cidade.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Notas: o mesmo daqui se aplica, por exemplo, aos apps Mensagens e Mail. A tela maior mostra muito mais texto de anotações, mensagens e emails, tanto para leitura quanto para digitação.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Safari: talvez o exemplo do Apple.com não tenha sido o melhor aqui, mas dá pra ter uma boa ideia do quanto mais é possível ver de sites na vertical. Imaginem em sites com bastante conteúdo, como o próprio MM.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5

Na horizontal é possível ver o site mais nitidamente, porém se perde um pouco em altura:

Screenshot do iPhone 5


Bolsa: assim como no Relógio, aqui a Apple só mexeu na quantidade de ações mostradas ao mesmo tempo na lista — ganhamos dois espaços, cada um aumentando quase nada em altura.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Telefone: apenas para constar (e sob pedidos de leitores), uma tela do discador do iPhone. Neste caso não havia muito o que fazer mesmo, a Apple só deu uma esticada em tudo na vertical.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Música: antes, era possível tocar na tela para ver a barra de progresso e os botões de repetir, Genius e modo aleatório. Agora estes ficam sempre visíveis, com a arte do álbum centralizada.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Calendário: aos quem usam o app para registrar compromissos, datas de aniversário e afins, agora na visão mensal, por exemplo, a parte inferior mostra quatro em vez de apenas dois itens do dia.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5


Ajustes: mais uma comparação requisitada por leitores, não há itens diferentes nas configurações porém, de novo, é possível ver mais deles de uma só vez. No uso diário, é ótimo.

Screenshot do iPhone 4SScreenshot do iPhone 5

·   ·   ·

Mas observamos algumas outras coisas interessantes no iOS 6 também, além das várias que já comentamos aqui no site e das principais novidades promovidas pela Apple.

Confira:

Dados do FaceTime no iOS 6

Agora é possível ver quanto cada chamada do FaceTime consumiu de dados.

Barra superior no FaceTime do iOS 6

Tocando na tela, durante chamadas do FaceTime, agora é possível ver a barra superior do iOS com hora e tudo mais.

Teclado do iOS 6

O teclado do iOS 6 agora lembra o último idioma que você usou com determinados contatos e/ou em certos apps.

EarPods

Junto ao lançamento do iPhone 5, a Apple anunciou também seus mais novos fones de ouvido — chamados EarPods. Confesso que boa parte da minha expectativa, ao pegar o smartphone, era poder testá-los na prática.

Não importa se é o formato dos fones ou da minha orelha, mas eu nunca me dei bem com os earphones da Apple. A qualidade de som não é de primeiríssima linha mas atende muito bem ao que preciso, porém o problema era que eles sempre caíam facilmente ou me machucavam após certo tempo de uso.

EarPods

Com a chegada dos EarPods, a Apple os promoveu principalmente destacando isso: um novo design mais ergonômico e confortável, além de vir com uma qualidade de som ainda superior. Devo concordar com este último quesito, mas no primeiro o avanço foi bem pequeno no meu caso.

Achei o visual dos novos fones muito bacaninha, mas eles continuam machucando a minha orelha em pouco tempo de uso. Acho que eles realmente se tornaram um pouco mais difíceis de cair, mas ainda não resolveu o problema por completo.

Resumindo a história toda, meus EarPods talvez serão usados um pouco mais que os fones antigos da Maçã, mas não me separo do meus Beats (by Dr. Dre) tão cedo.

Conclusão

Para fanáticos por tecnologia, é difícil olhar para um upgrade até menor do que este e não ficar coçando os dedos para ter a oportunidade de pôr as mãos no produto e desfrutar de um aparelho de última geração. Mas, de uma maneira geral, nada do que o iPhone 5 mudará completamente a vida de quem usufrui dele diariamente.

O pacote é sensacional, não há dúvidas disso. Para quem achou ruim a ideia da Apple de aumentar a tela dele, sugiro brincar com um por algumas horas para ver se você não muda de opinião rapidinho. Hoje, quando eu pego num iPhone 4/4S, olho para ele como um aparelho “gordinho” e consideravelmente grosso/pesado comparado com o que estou acostumado no dia-a-dia.

Aos que têm oportunidade e condições de trocar de smartphone de ano em ano, o iPhone 5 é evidentemente uma ótima pedida. Se você tem um iPhone 4 ou anterior, então, o salto será significativo. Mas os felizes donos de iPhones 4S não sairão muito prejudicados se adiarem a compra de um novo por mais um ano — tudo depende das suas prioridades e do quanto uma ou mais novidades do iPhone 5 farão realmente diferença na sua produtividade. A inclusão da baseband 4G (LTE) certamente não pode ser vista como um diferencial, para quem está no Brasil.

iPhones 5 deitados e de lado

Pela segunda vez seguida tenho comigo um iPhone com a maior capacidade disponível, 64GB, e ela me atende bem embora eu abra mão de algumas coisas — como vídeos e boa parte da minha biblioteca de músicas, por exemplo — para conseguir ter um bom número de apps instalado nele junto a muitas, muitas fotos. Eu sinceramente achava que a Apple já viria agora com uma nova opção de 128GB, mas não foi o caso. Quem sabe no próximo? 😉

Aos que já estão com iPhones 5 por aí, também, compartilhem suas experiências e complementem este review usando a área de comentários abaixo. Suas colocações, como sempre, serão muito bem-vindas!

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