Alexia Tsotsis, do TechCrunch, escreveu um post com o qual eu só posso concordar: os eletrodomésticos deveriam ser mais parecidos com os produtos da Apple. Olhe pro painel do seu micro-ondas ou pro controle remoto da sua TV: tem como uma pessoa média saber operar essas coisas sem precisar ou de uma aprofundada leitura do manual de instruções, ou de uma série de experimentos de tentativa e erro? Sério: pense rápido e diga que botões é preciso apertar no painel do micro-ondas abaixo, para esquentar um sanduíche.
E isso é um exemplo até benigno. O que dizer de um moedor de grãos de pimenta que funciona a bateria e tem uma lanterna embutida? Ou de uma câmera digital cujo compartimento de pilhas não diz a orientação correta dos pólos? O controle da minha TV tem 36 botões, mas eu não uso nem metade deles — e pode crer como um quarto não serve pra nada, pois são funções de outros modelos da fabricante.
Não haveria nenhuma companhia interessada em realmente facilitar a vida dos consumidores? Que tal, em vez de adicionar funções de utilidade duvidosa com nomes complicados (ótimos para encher press releases e encarecer os produtos sem oferecer nenhum benefício aos consumidores), fazer os aparelhos funcionarem como se espera que eles funcionem? Estamos no século XXI e ainda ninguém inventou um micro-ondas que reconheça quando a comida está quente ou uma TV que não precise ser calibrada por um físico com PhD em óptica?
E, aproveitando a viagem, não está na hora de acabar com eletrodomésticos chamados AKBT-440732SL?