O melhor pedaço da Maçã.

Para coibir “cambistas”, Apple congela temporariamente as trocas de produtos comprados em Hong Kong

Um cambista de Hong Kong foi visto “andando de maneira estranha” pela fronteira da China, em 2015; ele não está parecendo um Megazord? 😝 | Imagem: South China Morning Post
Cambista pego na China em 2015

Mesmo sendo do outro lado do mundo, nós acompanhamos recorrentemente as aventuras (e desventuras) da Apple na China por ser um local crucial para a Maçã em todos os aspectos — mas principalmente por influenciar bastante a parte financeira da empresa.

Publicidade

Com todo o retorno que ela recebe, há sempre um ônus, algo que acaba a prejudicando em diversos fatores e tem reverberação mundial. Um dos grandes problemas enfrentados há alguns anos no país é a grande operação de “cambistas” no lançamento de aparelhos.

Os sacanas compram um volume bem grande de unidades (acabando ou deixando os estoques dos novos aparelhos bem baixos) e, caso não consigam revender tudo o que adquiriram, vão lá e devolvem a sobra. A operação acaba sendo bem-sucedida, já que a política de troca da Maçã é bastante generosa e permite que qualquer cliente se arrependa de uma compra até 14 dias depois de feita, tendo ou não uma razão explícita para tal.

Um “cambista” de Hong Kong foi visto “andando de maneira estranha” pela fronteira da China, em 2015; ele não está parecendo um Megazord? 😝 | Imagem: South China Morning Post

Para evitar que isso aconteça, a Apple congelou temporariamente a possibilidade de devoluções em Hong Kong a partir de hoje (15/8), conforme informou nesta página. A exceção à regra se aplica apenas para as trocas de produtos defeituosos.

Publicidade

Todos os produtos adquiridos na Apple Store em Hong Kong não poderão ser devolvidos ou trocados. Com exceção, será permitida a troca de produtos defeituosos. O conteúdo desta página se aplica a todas as encomendas online realizadas em e após 15 de agosto de 2017.

De acordo com o jornal chinês South China Morning Post, esta seria uma maneira de coibir que “cambistas” acabem com o estoque — provavelmente já bastante limitado — do “iPhone 8” e os demais iPhones que serão lançados este ano.

A mesma medida já foi adotada no ano passado, no período que precedeu o lançamento do iPhone 7 e, convenhamos, não os impediu de fazerem “negócio” na porta das Apple Stores. O MacRumors citou que, na época, o “mercado negro” vendia os novos aparelhos por cerca de HK$15 mil (mais de R$6 mil!).

No país, a política de devolução — quando está ativa — é um pouco mais rígida: caso haja compras superiores a quatro produtos, são dados “apenas” sete dias para a troca e há uma taxa de 25% pelo reabastecimento por unidade.

Sendo a China realmente um grande pólo de “cara-de-pauzisse” quando se tratam de cambistas, faz sentido a Apple adotar essas medidas. Entretanto, vemos movimentos semelhantes em diversos lugares como nos Estados Unidos, na França, na Alemanha e tantos outros — que isso sirva de alerta para todos esses lugares.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Novo Apple Watch teria opções com e sem conectividade celular, mas não traria grandes mudanças no design

Próx. Post

Será que a Apple vaza seus produtos intencionalmente?

Posts Relacionados