O melhor pedaço da Maçã.

Dica de leitura: New York Times perfila as Apple Retail Stores

Empregados - Apple Retail Store

Numa matéria intitulada “Apple’s Retail Army, Long on Loyalty but Short on Pay” (algo como “Exército de Varejo da Apple, Lealdade Longa mas Pagamento Curto”), o NYTimes.com mais uma vez mira o seu arsenal jornalístico para as vidraças da firma de Cupertino — desta vez, para as Apple Retail Stores.

Publicidade

Empregados - Apple Retail Store

Apesar de a empresa viver seu melhor momento financeiro desde sua criação — ela vende mais que o dobro que a Tiffany (em dólares por metro quadrado) — apenas seus grandes executivos são recompensados de forma, digamos, generosa — tudo levando em conta as devidas proporções, é claro. A matéria começa mostrando que, mesmo vendendo US$750 mil entre computadores e gadgets num período de três meses, o contra-cheque de um dos vendedores permaneceu o mesmo: US$11,25/hora. Obviamente, mesmo admirando a companhia e seus produtos, é difícil receber o pagamento e não refletir sobre a quantidade de dinheiro que a empresa está ganhando e o que você recebe, cooperando com isso.

Dos 43 mil empregados da Apple, 30 mil trabalham em Retail Stores, e a grande maioria ganha em torno de US$25 mil/ano, salário considerado “razoável”, já que é acima da média de US$7,25/hora. Além disso, a Maçã oferece alguns benefícios como plano de saúde, plano de aposentadoria 401(k), possibilidade de comprar ações (NASDAQ:AAPL) e produtos com preços reduzidos. Só que para a empresa mais valiosa do mundo, com o CEO mais bem pago de 2011, onde cada empregado gera em torno de US$473 mil — a média do segmento de eletrônicos é de US$206 mil segundo a National Retail Federation —, ainda é pouco.

Empregados - Apple Retail Store

Na Apple, a decisão de não oferecer comissões estava feita antes de a primeira loja abrir, disse [Denyelle] Bruno. A idéia era de que tais incentivos trabalhariam contra os objetivos principais da empresa — encontrar os produtos certos, em vez de os mais caros, para os clientes, estabelecendo um relacionamento de longo prazo com a marca. Também foi pensado que as comissões promoveriam a concorrência entre empregados, o que prejudicaria a camaradagem.

Coincidentemente (ou não), a firma de Cupertino planeja um aumento de até 25% do salário de seus empregados para breve.

Publicidade

O artigo é extenso, abordando ainda tópicos como insatisfação, ilusões, retenção de empregados (quanto tempo, na média, os trabalhadores permanecem em seus cargos), a busca por trabalhadores devotos, treinamentos, contratações de pessoas mais jovens (as quais podem viver com menos), tolerância quase zero, pressão, metas, falta de planos de carreira, entre outros assuntos. Se você domina o idioma inglês, vale a leitura.

Publicidade

Em uma forma de resposta (ou réplica) à matéria, o 9to5Mac conversou com alguns ex e atuais empregados da Maçã, abordando os seguintes temas: 1. experiência geral de varejo na Apple; 2. como trabalhar na Apple (varejo) melhorou a vida deles; 3. será que o futuro vai melhorar; 4. se eles concordam com o artigo do NYTimes.com; e 5. reflexões pessoais sobre o artigo do jornal americano.

Em uma nota relacionada, o 9to5Mac também disse que nesta semana aconteceram algumas reuniões em Apple Retail Stores definindo um novo programa de treinamento, chamado “Pathways”, o qual pretende promover uma melhora na experiência varejista — tanto para empregados quanto para clientes. Ele seria baseado na criação de um plano de carreira para novas contratações, mas abrangendo também atuais trabalhadores. Vale mencionar que esse foi um dos pontos criticados por alguns empregados na matéria do NYTimes.com.

Ver comentários do post

Compartilhe este artigo
URL compartilhável
Post Ant.

Apple continua expandindo suas Retail Stores; embora política da empresa proíba, é comum encontrar iGadgets no Irã

Próx. Post

Adobe inclui Photoshop Lightroom 4 no seu pacote Creative Cloud

Posts Relacionados