O melhor pedaço da Maçã.

Brasil *não* foi o país onde o iPhone mais encareceu relativamente ao longo dos anos

Também não somos o país onde o iPhone representa a maior fatia do PIB per capita
Crédito: Placeit
iPhone X com a bandeira do Brasil (by MacMagazine, via Placeit)

Nós, brasileiros, estamos acostumados a ver nossa estimada república ocupar o último lugar em todas as pesquisas e rankings relacionados à comparação de preços de produtos tecnológicos — os da Apple, especialmente — ao redor do planeta. Que tal então, só hoje, mudarmos isso um pouquinho?

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O economista Darren Kingman, do serviço de monitoramento de crédito Self Lender, criou recentemente o iPhone Price Index, um levantamento baseado no famoso Índice Big Mac que analisa os preços de um determinado produto — no caso, o iPhone — ao longo dos anos em comparação com o PIB per capita de cada país onde ele é comercializado.

Um dos principais objetivos do levantamento é descobrir onde o iPhone mais encareceu de forma relativa desde o seu ano de lançamento no país até 2018; isto é, em que países o smartphone da Maçã mais encareceu — não em valores absolutos, mas enquanto fração do PIB per capita, o que deixa a coisa mais próxima da realidade de cada país — ao longo dos anos.

Surpreendentemente, o Brasil não foi o que apresentou o maior salto de valor: essa distinção ficou com o Reino Unido.

Os números

No país da Rainha, o iPhone custava o equivalente a 1,2% do PIB per capita em 2008, ano em que foi lançado por lá; em 2018, o iPhone XS (modelo usado como padrão para as pesquisas) custava o equivalente a 2,79% do PIB per capita do Reino Unido no ano. Ou seja, fazendo uma conta rápida, o iPhone ficou 133% mais caro para os britânicos ao longo de dez anos de vendas do aparelho no país — o salto mais acentuado de todo o levantamento.

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Apesar de o Brasil não ter ocupado a última colocação da pesquisa, também ficamos lá na parte de baixo da lista — em penúltimo lugar, mais precisamente. Por aqui, o iPhone encareceu 127% ao longo dos anos: ele custava o equivalente a 5,14% do PIB per capita nacional em 2009, quando chegou por aqui, e pulou para 11,67% do valor em 2018. Outros países que viram um crescimento acima dos 120% no preço do iPhone ao longo dos anos foram o Canadá, a Suécia, a Austrália e os Emirados Árabes Unidos.

Analisando os números acima, é fácil notar: ora, o Reino Unido viu um encarecimento maior do iPhone na última década, mas os brasileiros sempre precisaram desembolsar uma fração muito maior do PIB per capita nacional para adquirir os smartphones da Maçã. Sim, é verdade! Mas, mesmo nessa métrica, nossa querida Pindorama não fica em último lugar no levantamento: as Filipinas sempre tiveram um índice maior que o do Brasil no cálculo — em 2018, um iPhone custava 14,67% do PIB per capita no país do Sudeste Asiático.

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Analisando a outra ponta da lista, a Irlanda é o país onde o iPhone menos encareceu ao longo dos anos – de fato, o salto foi quase imperceptível para os irlandeses: apenas 2%. Apenas as Filipinas (olha elas aí de novo) e a Polônia também viram crescimentos abaixo dos 10%. Nos Estados Unidos, o encarecimento relativo foi de 54% de 2007 a 2018, enquanto Portugal ficou em 46%.

Levando em conta os dados combinados do mundo inteiro, o iPhone está 70% mais caro hoje em relação ao seu preço de lançamento. O smartphone da Maçã custa, atualmente, cerca de US$496 a mais para ser comprado em relação a 2007. É mole?

via Cult of Mac

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