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Patente da Apple retrata mensagens lidas com a voz do usuário

DenPhotos / Shutterstock.com
iMessage no iPhone

Você provavelmente conhece o comando da Siri para ler mensagens de texto recebidas no iMessage. Uma nova patente da Apple, porém, prevê levar essa função a outro nível: a ideia, de acordo com a propriedade intelectual registrada, é que as mensagens enviadas pelo iMessage sejam lidas para o destinatário com a voz do remetente.

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Para que esse passo de futurologia funcione, o sistema deverá capturar a voz do usuário anteriormente, a partir do uso da Siri, de modo a conseguir criar um modelo da voz, o qual seria usado para simular a leitura de mensagens enviadas. A ideia, assim, é que você envie uma mensagem e, além de ler em texto, o destinatário também a escute com a sua voz, com um áudio feito pelo sistema.

A descrição da patente explica que, ao enviar uma mensagem, o usuário deve escolher se quer que o texto também seja lido com a sua voz; o mesmo deve ocorrer ao receber uma mensagem, com a voz do remetente. Além disso, seria possível que a voz fosse enviada por si só, criando uma comunicação que simula uma chamada, embora tenha como base a interação em texto.

Patente da Apple para ler mensagens com a voz do usuário

Ainda se trata apenas do registro da propriedade intelectual, o que revela tão somente uma ideia e uma intenção dentro da Apple de criar algum recurso nesse sentido. Não podemos saber, neste estágio, se realmente veremos alguma função de leitura de mensagens com a voz dos usuários, tampouco quando isso irá virar realidade.

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É possível, porém, pensar em algumas implicações e possíveis lacunas do recurso. É verdade que ele pode aumentar a interatividade entre os usuários, embora não possamos deixar de lembrar que sempre é possível enviar um áudio “real” ou fazer uma ligação caso se queira falar e ouvir a voz do outro.

Além disso, conhecendo a Siri e seus problemas, seria necessário um sistema muito bem feito de aprendizagem de máquina para que o modelo da voz fosse minimamente fiel à real. Caso contrário, o recurso viraria uma grande piada, com vozes robóticas e sem aderência dos usuários.

Ademais, há questões éticas em torno dessa tecnologia, incluindo a possível violação da imagem das pessoas, além de um efeito interessante que causaria nas pessoas ao ouvir mensagens que foram originalmente escritas. Nem tudo o que digitamos é pensado para ser falado, observando as especificidades de cada canal.

Por fim, é impossível não comparar esse recurso ao episódio “Já Volto” (“Be Right Back”), da série antológica e distópica “Black Mirror”. O enredo consiste em uma mulher que, após o marido falecer, usa sistemas que permitem “conversar” com pessoas mortas, que é uma espécie da inteligência artificial que simula ser o falecido a partir de informações sobre ele. O episódio, então, avança bastante nessa discussão sobre “ressuscitar falecidos”.

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A patente foi registrada no Escritório de Patentes e Marcas dos Estados Unidos sob o número 17/973395, em outubro de 2022. O inventor líder creditado é D. Winarsky, diretor do recurso da Siri que transforma texto em fala.

E você, o que achou dessa patente? Usaria o recurso caso se concretizasse?

via Patently Apple

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