No dia da morte de Steve Jobs, o CEO da Disney, Bob Iger, afirmou que o cofundador e ex-CEO da Apple “definiu uma era” e que ele havia perdido ali não só um membro da família Disney, mas também “um grande amigo”.
Para quem não se recorda, em 2006 a Disney adquiriu a Pixar — empresa também fundada por Jobs a partir da aquisição de parte da Lucasfilm — pela bagatela de US$7,4 bilhões, o que tornou Jobs o seu maior acionista individual. Um mês e meio após a morte de Jobs, foi a vez de Iger se juntar à família Apple; desde novembro de 2011, ele faz parte do conselho da companhia e inclusive comprou recentemente US$1 milhão em ações dela.
Ontem, numa entrevista para a TheWrap TV, Iger contou um pouco mais sobre o seu relacionamento com Jobs.
Numa parte da entrevista, Iger revelou que a aquisição da Pixar talvez não teria acontecido não fosse uma ligação que ele fez para Jobs logo quando soube que se tornaria CEO da Disney. Na ocasião, Jobs ainda teria comentado que “o achava mais do mesmo”, referindo-se ao desafeto CEO que o precedia, Michael Eisner, mas ainda assim topou marcar uma conversa.
A partir daí o relacionamento entre as empresas e entre os executivos só deslanchou, chegando ao ponto de Iger tomar a liberdade de, em noites de sábado, ligar para Jobs para saber o que ele achava de produções em desenvolvimento na Disney. Para ele, a honestidade e franqueza de Jobs eram fundamentais para ele ter certeza de estar caminhando na direção certa.
Imaginem então quão contente Iger deve ter ficado quanto foi descobrir, a partir da biografia autorizada de Jobs (escrita por Walter Isaacson e publicada após a sua morte), que ele havia se impressionado pela honestidade de Iger. Sem dúvida nenhuma, as fortes características de ambos devem ter contribuído bastante para sua aproximação.
Se ainda duvidam das similaridades, vejam o que Iger respondeu quando foi questionado se havia algo que lhe deixaria muito preocupado, a ponto de roubar o seu sono: “Em termos de empresa, a única coisa que eu realmente me preocupo é apenas como realmente manter o sucesso criativo.” Não tem pra onde correr: criatividade/inovação correm à toda no DNA de empresas como Disney e Apple.
[via MacRumors]
