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Um iPhone de 4 polegadas com tela mais alta que a atual faz muito, muito sentido

Mockup do novo iPhone com tela mais alta

Dois dias depois de surgirem mockups bem bacanas de como poderia ser um iPhone mais alto que o atual, ambos Wall Street Journal e Reuters disseram, ontem, que a próxima geração do smartphone da Apple deverá mesmo chegar com uma tela de 4 polegadas. Há quem diga que, vindo desses, a coisa já é “certa”.

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Mockup do novo iPhone com tela mais alta

Faz muito tempo que se fala sobre a possibilidade de iPhones com telas maiores que todas as que já tivemos até hoje (sempre com 3,5 polegadas), mas essa ideia específica de aumentar a dimensão dela apenas para cima surgiu não tem muito tempo.

Como telas são medidas na diagonal, passar das 3,5 polegadas atuais para 4 significaria crescer a tela verticalmente no máximo uns 15mm — isso se a Apple mantiver o resto exatamente como hoje, com os mesmos espaçamentos. Este outro mockup, por sua vez, considerou um aumento um pouco menor na altura do aparelho como um todo, “espremendo” mais o seu alto-falante e câmera superiores, bem como “achatando” o botão Home — é uma possibilidade.

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Mas o interessante mesmo disso é que nos ganharíamos 192 pixels na vertical, passando de uma resolução de 640×960 para 640×1152 pixels — a proporção da tela mudaria de 3:2 para 9:5, portanto. Desta maneira, a densidade de pixels continuaria exatamente a mesma, sem comprometer o título de um “Retina Display”.

O Overdrive publicou hoje imagens que mostram o que essa mudança de altura traria de benefícios, para diversos apps. Separamos algumas, como exemplo:

Mockup de iPhone com tela maior - app
Safari
Mockup de iPhone com tela maior - app
Mensagens
Mockup de iPhone com tela maior - app
Tweetbot
Mockup de iPhone com tela maior - app
Mapas

(Sem falar na linha extra de ícones na Home Screen, é claro…)

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Como dá pra ver, a maioria dos apps que usamos no nosso dia-a-dia possui, inevitavelmente, uma área central de conteúdo que é flexível. Ela já muda de altura quando o aparelho é usado na horizontal ou até mesmo quando o Acesso Pessoal (Personal Hotspot) está ativo, tomando o dobro de altura da barra superior do iOS. Em todos esses casos, desenvolvedores não teriam que mexer em uma linha de código sequer para que seus apps funcionassem melhor do que nunca no tal novo iPhone.

A mudança de proporção da tela só requereria adaptações no caso de aplicativos que rodam em tela cheia e por algum motivo não possuem uma área que se beneficiaria de um espaço maior — o mais comum seriam jogos. Nestes casos, uma solução temporária seria colocar barras pretas no topo e no rodapé do display — nada tão absurdo assim. Aliás, falando nelas, hoje já assistimos a vídeos/filmes em widescreen no iPhone com barras pretas e não nos queixamos disso; nesse novo, as barras pretas se tornariam bem menores — daria até para dar um duplo-toque na tela para aproximar na imagem sem perder muito conteúdo nos cantos.

Aos que acham essa ideia toda de uma tela mais alta absurda, outras possibilidades foram destacadas hoje pelo iMore — sim, o mesmo que disse, há alguns dias, que o design final do novo iPhone ainda não estaria definido:

  • Simplesmente “esticar” a tela atual dos 3,5 para 4 polegadas, mantendo a mesma resolução. Esta me parece a pior das ideias, pois simplesmente deixaria tudo na tela um pouco maior (quais os benefícios?) e diminuiria a densidade de pixels por polegada a ponto de “impedir” que a Apple continuasse a chamando de “Retina Display”, por estar abaixo dos 300ppi.
  • Aumentar a tela para 4 polegadas, na mesma proporção de 3:2, mas dobrar a resolução de novo — para 1280×1920 pixels, portanto. Neste caso a densidade de pixels seria absurda (579ppi), mas todos os desenvolvedores teriam que retrabalhar seus gráficos e, amigo, haja espaço para armazenar essas imagens e processador para aguentar um display desses. É capaz que um dia cheguemos a esse nível, mas duvido que já seja em 2012.
  • Esticar a tela para 4 polegadas, preenchendo o novo espaço com novos pixels — chegando, portanto, a 728×1092 pixels. Se é um “problema” simplesmente aumentar a área central de conteúdo crescendo o iPhone na vertical, que dirá fazer isso em ambas as direções. Neste caso, títulos não-adaptados teriam que ter bordas pretas em volta de toda a interface — ou então seriam toscamente esticados e aí, já sabem, a coisa ficaria linda.
  • O iMore ainda cita duas variações da opção acima, para termos resoluções mais padronizadas. A primeira seria passando a tela para a proporção de 16:9, a 720×1280 pixels (equivalente a HD 720p). A outra seria usar uma tela de iPad miniaturizada, a 4:3 — com 728×1024 pixels.

Ou então nada disso acontecerá, e a Apple não mexerá em absolutamente nada na tela do novo iPhone. Ou então pode ser que ela tenha bolado algo que não foi imaginado em nenhuma das possibilidades acima, vai saber.

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O importante é pensar que a Apple com certeza não aumentará a tela do iPhone simplesmente por aumentar. Ela só fará isso se a coisa trouxer benefícios práticos/reais para usuários e, me desculpem os conservadores, se for preciso dar um pouco mais de trabalho para desenvolvedores, ela fará isso — sim. Às vezes é preciso sair um pouco da caixa, dos padrões — talvez nem “arriscar” de forma propriamente dita, mas ousar.

Há cinco anos a Apple mantém a ideia de que 3,5 polegadas é ideal e perfeito para um smartphone, mas será que isso é mesmo eterno e corresponde aos desejos/necessidades de todos os consumidores? Don’t think so.

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