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Em entrevista, Tony Fadell cita diferenças entre Apple e Google

New Yorker
Tony Fadell

Um dos nomes mais importantes da história da Apple (por sua participação em projetos como o iPod e o iPhone), Tony Fadell concedeu uma entrevista ao podcast Decoder (de Nilay Patel), na qual relatou suas experiências corporativas na Maçã e no Google — e as diferenças entre a filosofia adotada pelas duas empresas.

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Como teve a Nest — empresa cofundada por ele — comprada pelo Google em 2014, Fadell pôde acompanhar de perto a rotina da empresa e deixou claro que não considera a gigante de Mountain View tão apaixonante quanto a Apple — pelo menos considerando a época em que esteve nas duas companhias.

Ao mencionar a compra da sua empresa, Fadell opinou que o Google viu o negócio mais pela ótica financeira. “Oh, é mais um projeto que estamos tentando”, diziam as pessoas da companhia na época da aquisição.

Para ele, na Apple havia uma filosofia bem diferente:

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Na Apple, tudo o que foi tentado — pelo menos sob Steve — precisava ser despachado porque era existencial. Você não pôde deixar de tornar o iPhone bem-sucedido porque estava acabando com o negócio do iPod. Tinha que ser bem-sucedido, e todos precisavam estar nele.

Embora essa não seja a cultura do Google, Fadell destacou que o modo como a empresa trabalha funciona, principalmente porque eles contam com muitas pessoas inteligentes. Porém, ele considera isso diferente de morrer “todos os dias pela sua visão, sua missão, seu sonho”.

Você não quer apenas correr para outro projeto porque é seguro e fácil; você está tentando fazer algo difícil. Naquela época, não era assim que o Google pensava.

Outro tema discutido foi a “acusação” de que há uma falta de inovação na Apple atualmente. Para Fadell, não se trata de uma verdade, visto que a empresa continua lançando coisas revolucionárias, mas é preciso um bom tempo para avançar as tecnologias.

Ele citou o exemplo dos chips M1, que não foram desenvolvidos de uma hora para a outra e foram uma evolução dos chips proprietários da Maçã para iPhones — um trabalho de mais de uma década.

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Leva anos para poder superar os caras do processador [Intel] no negócio, mas eles conseguiram. Para mim, isso é inovação. É muito arriscado fazer essa mudança. Talvez eles pudessem ter feito isso um pouco mais rápido, mas ninguém mais fez isso. Agora, todo mundo está tentando copiá-los e dizendo: “Vamos fazer nossos próprios processadores.”

Outro assunto abordado — bastante atual, diga-se — foi a possibilidade de executar apps de terceiros nos iPhones. Como os aplicativos web do início do smartphone não deram muito certo, Steve Jobs viu isso como uma oportunidade para lançar a App Store e “trancar” as pessoas no ecossistema da Apple.

Bem, parece que ele conseguiu…

via MacRumors

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