As coisas definitivamente não andam muito bem na rede social do passarinho. Depois de falhar miseravelmente na tentativa de tentar ser vendido para uma companhia maior — aparentemente porque o valor pedido, de US$20 bilhões, era exorbitante mesmo para um dos maiores sites do mundo —, o Twitter anunciou uma série de cortes de empregados e o fim de um dos seus subprodutos mais queridos: o Vine.
O aplicativo de mini-vídeos de seis segundos, comprado antes de se tornar público pelo Twitter em 2012, estourou quando foi lançado no início de 2013, catapultando uma série de memes e web-celebridades ao estrelato da internet. Eventualmente, porém, a chama se extinguiu: os cofundadores do projeto saíram da empresa, os investimentos para o serviço caíram e os usuários migraram correndo para a então recém-lançada ferramenta de vídeo do Instagram, um concorrente quase desleal em termos de força e popularidade.
Don’t sell your company!
— Rus (@rus) October 27, 2016
Segundo o Twitter, o Vine será descontinuado “nos próximos meses”, entretanto, ao menos num primeiro período, o conteúdo existente no aplicativo não será apagado. Desta forma, os usuários poderão rever todos os Vines e baixar os seus próprios por um tempo indeterminado.
A decisão de matar o Vine vem num momento de cortes profundos no Twitter. A companhia recentemente anunciou que vai demitir quase 350 funcionários — o que parece pouco, mas representa 9% da sua força de trabalho — em busca de um modelo de funcionamento mais sustentável. Atualmente, a rede social luta para conseguir lucros ou mesmo resultados financeiros minimamente animadores para a indústria, pondo um ponto de interrogação no futuro dos 140 caracteres.
O Twitter é, inegavelmente, a minha rede social favorita — e eu acredito que, se você souber escolher bem quem seguir, pode se tornar uma experiência verdadeiramente enriquecedora. Entretanto, parece que ser território livre para as expressões mais odiosas — de misoginia, racismo, homofobia e intolerância em geral — não é a melhor das receitas para um site deste porte.
Desculpe, app não encontrado.
[via TechCrunch]