A Meta está no centro de duas novas propostas de ações coletivas, as quais alegam que seus aplicativos para iOS, como o Facebook e o Instagram, burlaram a Transparência no Rastreamento em Apps (App Tracking Transparency, ou ATT) para continuar ilegalmente rastreando usuários sem permissão. As informações são da Bloomberg Law.
Desde o iOS 14.5, a ATT exige que os aplicativos para iOS somente rastreiem a atividade de usuários com a devida anuência. As ações, porém, alegam que a Meta está contornando esse recurso — com base em análises do desenvolvedor e ex-engenheiro do Google, Felix Krause.
Como informamos, Krause disse que o Facebook e o Instagram injetam um código personalizado em sites visitados pelos usuários — o qual permite que a Meta rastreie “qualquer coisa que você faça em qualquer site”. Isso vai além do rastreamento de publicidade regular e até inclui (teoricamente) a capacidade de capturar senhas digitadas em sites.
O processo alega, ainda, que o Facebook abre links da web em seu navegador embutido no aplicativo, em vez de usar o Safari ou qualquer que seja o navegador padrão do usuário. Ao fazê-lo, a ação diz que os dados coletados são usados para aumentar a receita de publicidade da empresa, contrariando a preferência do usuário.
Isso permite que a Meta intercepte, monitore e registre as interações e comunicações de seus usuários com terceiros.
A Meta não comentou publicamente o processo. No entanto, Krause apontou no seu relatório que a empresa reconheceu que monitora a atividade do navegador, mas negou a acusação de coleta ilegal de dados.
A Meta, vale notar, se opôs à ATT e revelou que o recurso teve um impacto de 13% em sua receita.
via Patently Apple