Imagine poder recarregar a bateria do seu smartphone sem precisar de cabo, adaptador ou ter que colocá-lo em uma base (com suporte ao padrão Qi, por exemplo) fixa posicionada em cima de um móvel. Parece coisa de filme futurista, não?
Pois bem, saiba que, se depender de um grupo de pesquisadores da Universidade de Sejong, na Coreia do Sul, isso pode estar muito mais próximo do que parece.
Um estudo publicado pela instituição na revista Optics Express, na última terça-feira (30/8), descreve uma nova tecnologia de carregamento sem fio que consegue transmitir energia pelo ar a uma distância de impressionantes 30 metros. Ainda em fase de testes, a solução usa luz infravermelha para funcionar e já consegue alimentar sensores de dispositivos IoT1Internet of things, ou internet das coisas..
A tecnologia, segundo os pesquisadores, é composta basicamente por duas etapas: um transmissor de energia óptica que, em seu estado atual, consegue fornecer até 400mW usando um laser infravermelho; e um receptor instalado no dispositivo final que se encarrega de converter essa energia em eletricidade.
Por questões de segurança, o sistema diminui automaticamente a potência sempre que um objeto ou pessoa obstrui o caminho entre o transmissor e o receptor. Desse modo, é emitida uma luz de baixíssima intensidade incapaz de causar qualquer dano para a saúde humana.
Essa potência ainda é considerada insuficiente para alimentar dispositivos mais exigentes como smartphones, tablets e notebooks, mas já poderia substituir, por exemplo, o uso de cabos de energia em fábricas — cortando, assim, os custos com manutenção e diminuindo o risco de incêndios.
Para o líder da pesquisa, Jinyong Ha, essa tecnologia seria ainda mais prática do que os atuais carregadores sem fio presentes no mercado:
Enquanto a maioria das outras abordagens exige que o dispositivo receptor esteja imóvel em uma base de carregamento sem fio, o carregamento a laser permite um alinhamento automático sem um processo de rastreamento desde que o transmissor e o receptor estejam no campo de visão um do outro.
A partir de agora, a ideia dos pesquisadores é aprimorar a tecnologia até que ela possa ser aplicada em dispositivos mais poderosos e instalada em ambientes como aeroportos e escritórios. Além disso, o foco também será diminuir a perda de energia elétrica durante o carregamento e permitir que mais de um dispositivo possa ser alimentado simultaneamente.
Bastante interessante, não?
via TudoCelular.com
Notas de rodapé
- 1Internet of things, ou internet das coisas.
