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Meta e Snap continuam rastreando usuários no iOS

Rastreamento de apps no iOS

Muitos devem se lembrar que, nos primeiros meses deste ano, a Apple chacoalhou o mundo dos desenvolvedores com a Transparência do Rastreamento de Apps (App Tracking Transparency, ou ATT), a qual forçou desenvolvedores a solicitarem a permissão de usuários para rastrear suas atividades com a finalidade de direcionar anúncios, medir ações através de publicidade ou compartilhar suas informações com corretores de dados.

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Fato é que, sete meses depois, empresas como Meta (ex-Facebook) e Snap foram “autorizadas” a continuar compartilhando informações de usuários do iOS, de certa forma — desde que os dados sejam anônimos e randômicos, em vez de vinculados a perfis de usuários específicos. As informações são do Financial Times.

O Snap, especificamente, disse aos investidores que planeja compartilhar dados de seus 306 milhões de usuários — incluindo aqueles que pedem para não rastreá-los no iOS — para que os anunciantes possam obter “uma visão mais completa e em tempo real” de como as campanhas publicitárias estão funcionando.

Da mesma forma, a chefe de operações da Meta, Sheryl Sandberg, disse que a rede está envolvida em um “esforço de vários anos” para reconstruir a infraestrutura de anúncios “usando mais dados agregados ou anônimos”.

Esse tipo de rastreamento está se tornando mais comum do que o mercado previamente havia esperado. Oren Kaniel, CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da AppsFlyer, disse que quando sua empresa introduziu (em julho de 2020) uma ferramenta para medição agregada de dados com “foco em privacidade”, o nível de resistência que eles recebiam era enorme. Agora, porém, essas soluções agregadas são o padrão para 95% de seus clientes.

A Apple não pode se colocar em uma situação em que basicamente destrói seus aplicativos de alto desempenho do ponto de vista do consumo do usuário. Isso acabaria prejudicando o iOS.

Não está claro se a Apple realmente autorizou essas “soluções” de rastreamento. Questionada pelo Financial Times, a companhia se recusou a responder a perguntas específicas, mas descreveu a privacidade como um dos seus principais pilares, mas para qualquer pessoa que interprete as regras da Apple estritamente, essas soluções violam as regras de privacidade estabelecidas para usuários do iOS.

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O risco é que, ao permitir a coleta desses dados, ainda que as empresas prometam não abusar deles, a Apple está de fato confiando nos mesmos grupos que Tim Cook criticou como “vendedores ambulantes apenas procurando fazer um dinheirinho rápido”.

Veremos como isso se desenrolará.

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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