O melhor pedaço da Maçã.
Loja do Apple Watch dentro da Galeries Lafayette
Loja do Apple Watch dentro da Galeries Lafayette

Reportagem detalha morte da “ambição fashion” do Apple Watch

Voltemos um pouco no tempo, para os idos de 2015, e nos lembremos por alguns momentos do lançamento do Apple Watch e dos seus primeiros meses de vida. Sim, as coisas eram bem diferentes: ao contrário do produto “racional” que temos hoje, focado em simplificar a vida do usuário e melhorar sua saúde e bem-estar, o Watch era, em seus primeiros meses de vida, um acessório de moda — e da alta moda, a julgar pelas ambições da Apple e por aquela versão de ouro ridícula que custava R$100 mil.

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O que aconteceu no meio do caminho, portanto? É justamente a pergunta que essa reportagem do New York Times busca responder. Para isso, a jornalista Vanessa Friedman foi buscar informações e opiniões de especialistas dentro e fora da Apple.

Tudo começou pouco antes do lançamento do Apple Watch, quando a Maçã começou a fazer uma série de contratações de nomes importantes do mundo da moda. Dentre elas, podemos citar Patrick Pruniaux, da TAG Heuer, Paul Deneve, da Yves Saint Laurent, e, claro, Angela Ahrendts, ex-CEO da Burberry que rapidamente tornou-se uma das executivas mais importantes da Apple. Agora, todos eles já saíram (ou estão de saída, como é o caso de Angela) de Cupertino.

Durante o reinado de Angela, o lançamento do Apple Watch foi um circo recheado de celebridades e lugares relacionados ao mundo da moda. Tivemos lojas popup em centros fashion, como as Galeries Lafayette (em Paris) e a Selfridges (em Londres); tivemos eventos de lançamento com Karl Lagerfeld, Cara Delevingne e Mick Jagger; a Apple colaborou com nomes da alta costura, como Azzedine Alaia, para criar edições especiais do relógio.

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Hoje, a publicidade do Apple Watch é focada em saúde/fitness e a Maçã concentra seus esforços de marketing nos modelos mais baratos — a versão Edition do reloginho, que começou em ouro e depois se metamorfoseou para um modelo (muito mais barato) de cerâmica, foi completamente extinta na quarta edição do aparelho.

O NYT especulou que a estratégia de introduzir o Apple Watch no mundo fashion não foi exatamente um erro da Apple — a ideia seria colocar o relógio na boca do povo e, em seguida, conforme a tecnologia fosse avançando e o seu nome já estivesse consolidado, deixar esse mundo de lado para focar nos seus aspectos tecnológicos.

Como opinou o professor de marketing da Universidade de Nova York, Scott Galloway:

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A sobreposição [entre tecnologia e moda] no diagrama de Venn não é tão grande quanto se pensava. A tecnologia basicamente trata de criar utilidades e espalhá-las para bilhões de pessoas. A moda trata de criar um momento, uma tendência, um romance, e espalhá-los para uma quantidade pequena de pessoas influentes.

Talvez, portanto, o flerte da Apple com o mundo fashion tenha sido nada mais que um sinal de que, à época do lançamento, ninguém sabia exatamente o que o Apple Watch era capaz de fazer ou no que ele se destacava (e, sinceramente, ele não se destacava em muita coisa). Hoje, com suas habilidades muito mais definidas e seu nome sendo formado, a Maçã tem todo o conforto para olhar para o mundo da moda no retrovisor e agradecer a sua “ajudinha” nos primeiros anos do relógio.


Apple Watch Series 4 dourado

Apple Watch Series 4

de Apple

Preço à vista: a partir de R$ 3.599,10
Preço parcelado: em até 12x de R$ 333,25
Tamanhos: 40mm ou 44mm
Materiais: alumínio ou aço inoxidável
Características: GPS ou GPS + Cellular
Cores: diversas
Lançamento: setembro de 2018

Botão - Comprar agora

via Cult of Mac

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