Chegar da faculdade hoje e ver a notícia “iPad vendido em lojas da Verizon” foi uma experiência surreal, pra mim. Que tipo de fumaça tóxica eu inalei, pra ter uma alucinação dessas? Mas não, a Apple pelo visto está perdendo o recato na hora de pôr seu mais novo produto ao alcance dos olhos e, principalmente, das mãos do consumidores.
John Gruber, do Daring Fireball, captou bem o sentimento que experimentei: o simbolismo dessas vendas é mais importante que qualquer outra coisa. “Apple and Verizon sitting on a tree/Selling i-P-A-Dees for me” Agora elas são parceiras, trabalham juntas… o que vem depois?
Horace Dediu, o asymco, vê mais que o fim de uma rixa/início de uma parceria: ele vê 150 milhões de gadgets com iOS vendidos em 2011. Atualmente, o iPad é o produto da Apple com distribuição mais ampla nos Estados Unidos em toda a história, e isso pode indicar uma mudança de paradigma dentro da empresa: não há como se esconder do iPad, ele vai encontrar você onde você menos esperar.
Quem sabe o iPhone não seria o próximo a ser vendido em praticamente todos os lugares? Quem sabe um iPad CDMA não esteja chegando? (Sim, faz bem mais sentido que um iPhone, já que a AT&T não tem voz no tocante à tablet.) Se esses eventos se concretizarem, Dediu vê necessidade numa revisão das suas previsões: de 100% de crescimento para o iPad e 50% para o iPhone, ele estima 150% e 100%, respectivamente. Isso culminaria nos 150 milhões de (lucrativos) gadgets vendidos ao longo do ano que vem.
Loucura? Impossível? Ou seriam estes os planos de El Joboso?