De acordo com duas novas pesquisas, uma da Canalys e outra da IDC, a Apple ainda é a líder absoluta de mercado quando a assunto é venda de tablets. Mesmo assim, os levantamentos apontam uma tendência de queda no segmento para todas as fabricantes.
Segundo a Canalys, as vendas caíram cerca de 18% no último trimestre quando comparado ao mesmo período do ano passado, de modo que foram vendidas cerca 31,7 milhões de unidades globalmente.
Desse dado, a Canalys apontou que a Maçã é responsável pela venda de mais de 12,3 milhões de unidades, ou seja, líder absoluta; no entanto, houve uma queda de 17% nas vendas quando o dado é comparado ao ano passado. Curiosamente, a participação de mercado da gigante de Cupertino cresceu de 38,6% em 2022 para 38,9% no primeiro trimestre deste ano.
Logo atrás da Apple aparece a Samsung, responsável por vender pouco mais de 6,7 milhões de unidades; a empresa teve uma queda de 14% nos envios do trimestre passado quando comparado ao mesmo período de 2022. A sul-coreana, por sua vez, viu um crescimento um pouco maior na ocupação de mercado: subiu de 20,4% para 21,2%.
A pesquisa da IDC mostrou um cenário praticamente semelhante. De acordo com o levantamento, mesmo com a tendência de queda, a Apple manteve a dianteira do mercado de tablets — foram 10,8 milhões de unidades vendidas contra 7,1 milhões da Samsung, a vice-líder.
Nesse estudo, a lista das cinco primeiras colocações é composta também por empresas como a Huawei (com 2 milhões unidades vendidas), a Lenovo (1,9 milhão) e a Amazon (1,4 milhão) no primeiro trimestre de 2023.
Conforme a Apple divulgou na quinta-feira passada, uma queda no segmento dos iPads já era esperada. Durante uma conferência em áudio, o diretor financeiro (CFO) da empresa, Luca Maestri, disse que isso se deve, entre tantos outros fatores, aos “ventos contrários do ambiente macroeconômico”.
A base instalada do iPad atingiu um novo recorde histórico em todos os segmentos geográficos, graças à fidelidade excepcional do cliente e um alto número de novos clientes. Na verdade, mais da metade dos clientes que compraram iPads durante o trimestre eram novos no produto.
Já Himani Mukka, gerente de pesquisa na Canalys, observou que “uma queda na demanda por tablets após as festas de fim de ano é sempre esperada”. No entanto, ele disse também que “o corte nos gastos do consumidor em meio à alta inflação tem sido severo desta vez”.
As fabricantes começaram a apresentar produtos que oferecem experiências de usuário mais premium, seja por meio de inovação nos chipsets, melhores telas para consumo de conteúdo ou funções aprimoradas de produtividade.
Mukka disse ainda que “reforçar a importância do tablet dentro de um ecossistema de dispositivos interoperáveis também será importante para manter o impulso da tendência de estilos de trabalho híbridos”.
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via Patently Apple, Wccftech
