Apesar de muitos analistas apostarem alto em números relacionados ao iPhone, Vincent Rech, da Société Générale, afirmou nesta sexta-feira que a maior parte deles ignora tendências de lucro, contabilizando apenas a receita obtida pela Apple na amortização de dois anos por venda de aparelhos nos Estados Unidos.
Já se sabe que o iPhone por si só é um produto extremamente lucrativo para a Apple, com uma margem bruta média de 60%. O resto dos negócios da firma de Cupertino não está nada mal, mas fica na casa dos 33% “apenas”. Com isso, o iPhone poderá representar 28% das receitas ajustadas da Apple em 2009, passando de 40% em 2012.
Mesmo considerando uma queda na margem do iPhone para — digamos — 50% (caso ela precise baixar os preços do aparelho para brigar com a concorrência, por exemplo), a linha de produtos renovada da Apple continuará elevando a sua média de margem bruta para cerca de 36% em 2009 e até 39% em 2012. Alguns analistas preveem que esse número não mudará até 2011, o que só seria possível se a Apple enfrentasse uma queda acentuada nos lucros de Macs e iPods, o que é difícil de se imaginar agora.
Vincent prevê ganhos por ação diluída de US$9,13, US$11,16 e US$13,38, respectivamente, nos anos fiscais de 2009, 2010 e 2011. Ele aproveitou a oportunidade para elevar consideravelmente o preço-alvo das ações da Apple, de US$170 para US$225. A AAPL fechou a sexta-feira em alta de 2,26%, cotada a US$170,31.
[Via: Tech Traider Daily.]