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Pesquisadores questionam confiabilidade de dados do Apple Watch

Fabio Mota / Shutterstock.com
ECG no Apple Watch

Desde o seu lançamento, o Apple Watch sempre trouxe uma série de recursos voltados à saúde que evolui ano a ano. Dentre eles, temos: monitoramento de batimentos cardíacos, ECG e detecção de quedas, oxigenação do sangue, rastreamento de exercícios e mais.

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Por conta disso, o dispositivo tem se tornado cada vez mais usado em pesquisas científicas — principalmente durante a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) —, justamente pela facilidade de manuseio e amplo uso em países como os Estados Unidos.

No entanto, pesquisadores das universidades de Harvard e de Michigan agora compartilham preocupações sobre a confiabilidade dos dados coletados pelo Watch quando usados em estudos rigorosos.

JP Onnela, professor associado de bioestatística de Harvard, descobriu inconsistências nos dados de um Apple Watch. Segundo ele, essas mudanças — que acontecem ao analisar os mesmos dados em momentos diferentes — podem produzir contradições na fase de coleta de dados das análises, pondo em dúvida todo o estudo.

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Pesquisadores do Hospital Brigham and Women’s, então, decidiram analisar os dados de frequência cardíaca de um Apple Watch por um mesmo período, apenas com um intervalo de alguns meses. Os dados deveriam ter alguma semelhança, mas, como são filtrados por meio de um algoritmo antes da exportação, eram drasticamente diferentes.

A Apple muda seus algoritmos regularmente e sem aviso, portanto, ao exportar os mesmos dados em momentos diferentes pode causar essa disparidade. Além da variabilidade da frequência cardíaca, os pesquisadores que analisaram o rastreamento do sono têm experimentado problemas semelhantes com essas alterações nos algoritmos.

Esses algoritmos são o que chamaríamos de caixas pretas — eles não são transparentes. Portanto, é impossível saber o que há neles. O que foi surpreendente foi [ver] como são diferentes. Este é provavelmente o exemplo mais claro que já vi desse fenômeno.

Com base nessas descobertas, a equipe deixou o Apple Watch de lado e passou a usar apenas dispositivos de nível médico. Onnela sugere, então, que o smartwatch da Maçã e outros vestíveis só devem ser usados ​​se houver dados brutos disponíveis ou se os pesquisadores puderem ser informados quando ocorrerem alterações no algoritmo.

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A Apple ainda não se manifestou sobre o caso questionado por Onnela, mas sabemos que o Watch e outros gadgets da Maçã sempre foram usados ​​para auxiliar estudos médicos e, por vezes, até como o dispositivo principal.

Em abril passado, inclusive, a empresa fechou uma parceria com a Universidade de Washington para estudar como seu smartwatch poderia ser usado para prever doenças como a gripe ou o novo Coronavírus.

Vamos aguardar para ver se essa história terá algum desdobramento! 👀

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via The Verge

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