Antes que me atirem uma pedra ou algum comentário ferino, deixem-me explicar… O mundo da tecnologia é famoso por seus personagens egomaníacos. Existem os visionários, os mais legais, os mais ricos, os mais odiados etc. Mas quando a gente para para pensar nos mais generosos, é impossível não pensar no Bill.
Talvez seja difícil de acreditar, mas Bill Gates reúne as melhores qualidades de uma geração que cresceu procurando caminhos inovadores para benefício de todos, principalmente os mais pobres. O cara é odiado por uns, escrachado por outros, virou motivo de piada e alvo de tortadas, mas a gente precisa dar um crédito a ele. Aos 52 anos, ele não somente enfrentou uma complicadíssima transição ao deixar o cargo de CEO de uma empresa do porte da Microsoft, como destinou grande parte da sua fortuna pessoal ao decidir seguir o sonho de transformar a vida das pessoas através da ciência e da tecnologia.
[googlevideo]http://video.google.com/videoplay?docid=-6922732403350430364&hl=en[/googlevideo]Em recente entrevista ao Charlie Rose, isso fica ainda mais evidente. O vídeo é longo e infelizmente está sem legendas, mas vale a pena ser assistido. Na primeira parte, temos um retrospecto sobre sua vida e recentes acontecimentos, o que pode ser entediante para alguns. Entretanto, na segunda parte, conhecemos um outro Bill, o filantropo e otimista em relação ao futuro.
Ele sabe que o grande segredo para o sucesso de qualquer iniciativa é ter gente inteligente e bem motivada querendo fazer a diferença. E é através da Fundação Bill e Melinda Gates que ele tem devotado grande parte do seu tempo e talento como estrategista para que isso aconteça. Apesar de o foco inicial da fundação ser explorar meios para reduzir a disseminação de doenças como Malária e outros rotavírus que atingem crianças em países pobres, a educação e outras áreas estão nos seus planos futuros.
É muito fácil misturar a imagem das empresas com a dos seus fundadores, mas o pequeno William se tornou um homem maduro, mostrando que é diferente, que podemos ser melhores quando estamos comprometidos com isso. Portanto, eu assumo e faço coro: “Sim, eu também admiro o Bill Gates.”
[Via: O’Reilly Radar.]