O melhor pedaço da Maçã.

O segredo da afabilidade da Apple com gravadoras pode estar na experiência de Steve Jobs na Pixar

Steve Jobs debaixo do Luxo Jr., abajur da Pixar

Em termos de estratégia de músicas na nuvem, o que a Apple tem que Amazon.com e Google não têm? Acordos com as gravadoras para possibilitar algo matador como o iTunes Match. Mas de onde vem isso? Por que a Maçã consegue seduzir as gravadoras, enquanto outras empresas as ignoram ou, quando tentam acordos, acabam tomando prejuízo? Provavelmente o que falta é a experiência de estar do outro lado da mesa de negociações.

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Steve Jobs debaixo do Luxo Jr., abajur da PixarSteve Jobs pode não ter nível superior em seu currículo, mas ele já trabalhou com produção de conteúdo — não diretamente, mas à frente de uma empresa cujo foco principal é esse. Seus anos de Pixar lhe renderam não apenas o posto de maior acionista individual da Disney, mas também uma carga de conhecimento sobre como funciona a indústria do entretenimento.

Numa entrevista em 2003, El Joboso dissera que uma das coisas que aprendeu na Pixar “foi que a indústria de tecnologia e a de conteúdo não entendem uma a outra”, lembrou o CNN.com. “No Vale do Silício e na maioria das empresas de tecnologia, eu juro como a maioria das pessoas acha que o processo criativo é um bando de trintões sentados num sofá, bebendo cerveja e inventando piadas. […] Acham que é assim que se trabalha na TV, que é assim que são feitos filmes.”

E o outro lado? Na indústria de entretenimento, muitas pessoas acham que não há nenhum elemento criativo, que basta pagar e a tecnologia vai magicamente ser comprada — algo que a Apple prova, ano após ano, ser uma visão completamente fora da realidade.

Não seria demais, portanto, imaginar que a Maçã seria uma empresa muito diferente da que é hoje se Jobs nunca tivesse sido posto para fora. Haveria uma confirmação melhor que essa para o ditado “há males que vêm para o bem”?

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